29 de dez. de 2013

Postado por AnaBaú às domingo, dezembro 29, 2013 0 comentários
Estou perdendo minha sanidade mental.
Não sei se meus sentidos estão ficando amortecidos, ou se estão aflorando. Só sei que sinto asfixiada.
Os filmes que vejo na tentativa de escapar daqui, só me lembram de que a vida nunca será um filme.
Há uma trilha sonora tocando nesse momento, e eu gostaria que alguém aparecesse para protagonizar alguma cena comigo.
Sinto-me presa, como um passarinho que escolheu voltar para a sua gaiola.
Há um mundo inteiro lá fora, mas ele escolheu o aconchego das suas grades.
As asas aos poucos vão se tornando incômodas, e o dono às apara para que não voe.
Não há sentido para a existência aqui, apenas um amortecimento de toda a vida que tenho dentro.
O que eu posso fazer com toda essa intensidade que carrego comigo?
Tenho certeza que explodirei se não a libertar.
E logo serão apenas penas flutuando pelo ar, sem dono.
Sinto que meu tempo aqui já deu.
Partirei sem nada. As bagagens se tornariam pesos desnecessários que impossibilitariam o meu voo.
Vou com o vento. Sei que este vento que está soprando na minha cara agora, é o mesmo vento que vai me levar além.
Apenas fecharei os olhos e me soltarei na certeza que sou guiada pelo invisível.
Meus pulmões estarão cheio de ar e de vida.
E eu voaria livre para aonde eu quiser.
Paradas serão necessárias eu sei. Olhos amigos que confortam depois de uma longa viagem. Uma água quente para os pés. E o amor para reabastecer o coração.
Está chegando a hora de ir, mas ninguém sabe. Quando todos se derem conta, eu já terei ido, numa viagem sem data de retorno, aonde estarei apenas eu, em busca de mim.
Postado por AnaBaú às domingo, dezembro 29, 2013 0 comentários
Uma trilha sonora triste está tocando ao fundo, mas ela está surda.
A música perfeita para o final de uma cena, aquela na qual a personagem principal se afoga no lago.
Ela deixou uma carta escrita para seu marido. Ela deixou várias cartas, mas ninguém as leu. E então um dia levantou-se e resolveu partir por ela mesma, sem esperar ninguém.
O coração deseja ser livre, e poder voar para onde quiser.
Malas não se fazem necessárias quando se tem um coração.
O coração é o guia, e ouve os sussurros do destino.
Outra se sente congelada numa história que criaram para ela.
 Lhe deram um papel que ela não gostaria de representar.
Sequer lhe permitiram dar o tom de suas falas, ou o brilho de seus olhos.
Ela sente-se asfixiada olhando a imensidão de papéis que se formam a sua frente.
Todos escritos, sem um mínimo espaço em branco para ela poder colocar a sua versão.
Um dia levantou-se cedo, e partiu para a estação de trem mais próxima e desapareceu, como em suas lembranças.
Ao final da linha de trem, há alguém que chegou de algum lugar.
Ela está fechando os olhos nesse exato momento e sentindo a música que toca ao fundo.
Ela sente que esta é a música do seu destino, mas sabe que os passos serão os dela.
Pega sua mala, coloca um sorriso no rosto e anda como se fosse invisível no meio daquela multidão.
Aquele é o primeiro dia de sua vida, e ela sabe que enquanto ouvir seu coração, ela irá para o lugar certo.

17 de dez. de 2013

Postado por AnaBaú às terça-feira, dezembro 17, 2013 0 comentários
Eu me sinto uma criança parada no tempo.
Eu cresci à anos, mais ainda espero alguém vir me salvar.
As vezes tenho a impressão de que as lágrimas secaram, e só restaram caminhos dentro de mim.
Ninguém quer ouvir as palavras que escrevo.
Ninguém sequer pode sentir que eu ainda espero ser salva.
O bicho papão não pode mais vir me buscar,
pois ele passou a viver dentro de mim.
Eu queria um colo, um abraço forte e seguro.
Queria poder chorar todas as lágrimas que estão congeladas aqui dentro.
Queria poder sentir uma outra respiração junto da minha.
Eu espero por isso à tantos anos.
E nunca ninguém veio.
Nunca ninguém vem.
E nunca ninguém virá.
Eu busquei alguém que disse que poderia me entender.
Eu disse de todas as formas, mas ela não pode sentir.
Mas tudo o que eu estava dizendo vinha de dentro.
E queria ser cuidado. Você não entendeu.
Eu lhe entreguei de várias maneiras.
Mas você só estava aberta às coisas que queria ver.
Enquanto isso, eu continuo aqui.
Sendo uma criança parada no tempo.
Esperando alguém que possa me salvar.

Postado por AnaBaú às terça-feira, dezembro 17, 2013 0 comentários
Eu tenho acordado com medo. Tenho vontade de ficar sozinha, escondida no meu quarto novamente.
Parece que o mundo não é um lugar onde se possa confiar.
Algo tem me dito que eu preciso aprender a receber, mas receber não é algo tão simples assim.
Receber implica em confiar. Como posso receber algo de alguém que sequer conheço? Como irei saber o que esse alguém estará me dando?
Há alguma maneira de saber o que as pessoas querem dar às outras? Há alguma maneira de saber se eu estarei segura ao receber algo de alguém?
Quanto mais penso em tudo isso, mais tenho vontade de me esconder atrás da poltrona, e voltar a ter três anos de idade.
Ficar lá trás encolhida, sonhando com um mundo imaginário.
Eu penso que ser pessoa as vezes é difícil demais.
Eu não sei em quem confiar.
Eu não sei como me entregar.
Mas isso não significa que eu não gostaria que tudo fosse diferente.
Postado por AnaBaú às terça-feira, dezembro 17, 2013 0 comentários
Tem algo na minha história, que eu desconheço.
Mas que aparece sorrateiramente e aperta meus pulmões com uma força esmagadora.
As vezes penso que a minha vida toda é um sonho, e que essa emoção é apenas mais um deles.
Estaria eu mentindo para mim mesma? Estaria negando que tudo aquilo aconteceu?
E se eu de repente acordar e descobrir que tudo não passou de uma mentira que me contaram a anos atrás;
Se fosse verdade talvez você perceberia.
Se fosse verdade eu talvez perceberia.
Queria ser criança outra vez e sair correndo até alguém mais próximo que pudesse me abraçar e me proteger.
Mas já sou grande e não tenho para onde correr.
Me sinto asfixiando.
O ar que pode me salvar está escasso.
Algo aperta meus pulmões.
Eu era apenas uma menina que sempre achou que fosse órfã e que desejava alguém para brincar.
Alguém que olhasse para ela e sentisse que ela precisava de um abraço forte e verdadeiro.
Queria um dia chegar em casa e sentir que aquele era o lugar mais seguro do mundo.
Mas eu não posso esperar esse lugar seguro que nunca chega.
Eu não posso esperar essa pessoa confiável que nunca apareceu.
Eu não posso contar à ninguém.
Por mais que me asfixie.
Por mais que me sufoque.
Até o fim.

16 de dez. de 2013

Postado por AnaBaú às segunda-feira, dezembro 16, 2013 0 comentários
Eu quero um amor que não exija palavras em demasia.
Eu quero um amor onde os olhos sejam cúmplices dos sorrisos.
Eu quero um amor cheio de bons dias, com café na cama, suco de frutas e panquecas.
Eu quero um amor com abraços, risos, caminhadas, encontros e desencontros.
Eu quero um amor no qual eu possa ser dois, mas que possa continuar sendo uma.
Eu quero um amor que acorde ao meu lado, que saia para trabalhar e que eu esteja esperando quando voltar.
Eu quero alguém que possa estar ao meu lado em silêncio. Que as nossas respirações possam conversar enquanto nossos olhos descansam.
Que as peles conversem, que as estrelas abençoem.
Eu quero um amor onde os dois possam crescer.
Eu quero um amor que compartilhe sonhos, e que nós possamos tornar muitos realidade.
Eu quero um amor pra viajar, pra compartilhar.
Pra acordar de manhã e dizer "vamos?" e ouvir como resposta "só se for agora", mesmo que seja pra sair sem destino.
Quero alguém para andar descalço pela grama, alguém pra brincar de esconde-esconde, pra abraçar árvores e montar quebras cabeças.
Quero alguém pra falar sobre música, cinema, pinturas, roupas, calçados, animais, estrelas, móveis, álgebra, hebraico e tudo mais o que puder ser falado.
Eu quero alguém, que seja tão louco quanto eu.
Um alguém pra chamar de amor.
Mesmo sabendo que um dia esse alguém pode querer partir.
Ou então , mesmo sabendo que um dia eu precise partir.
O importante é saber que um dia pudemos ser dois, sem abandonar quem fomos primeiro.
Eu quero um amor.
Postado por AnaBaú às segunda-feira, dezembro 16, 2013 0 comentários
Depois que tudo acabou, comecei a sentir imensidões por você.
Sinto que tudo poderia ter sido diferente, mas não seria com você.
Odeio lembrar do nosso primeiro encontro, onde você sem me conhecer começou a fazer insinuações, querendo que eu confirmasse coisas que você queria que fossem verdade, para provar o quanto você sabia o que estava fazendo.
Eu nunca pude entender qual era a sua necessidade de colocar palavras na minha boca, eu não estava lá para te servir.
Mais encontros vieram, e você pedia que eu fechasse os olhos e confiasse em você.
Mas como eu poderia largar meus pesos sobre você, que mal consegue se carregar.
Seria como pular de um avião sem para-quedas sem se importar com o que aconteceria a seguir.
Suas palavras nunca tocaram meu coração, por mais que você tentasse.
Estou irritada por lembrar de tantos encontros, e pensar em tudo que poderia ter sido.
Gostaria apenas de olhar nos seus olhos, e em silêncio sentir que poderia deixar toda minha vida em suas mãos.
Palavras as vezes são vazias demais para aguentar tanto peso.
Eu sinto que preciso voltar, mas não pra você.
Preciso de alguém no qual eu olhe nos olhos e sinta que posso atirar-me de um precipício tendo a certeza de que este alguém estará lá embaixo para me segurar.
Apenas não quero que pense que o que houve entre nós foi em vão.
Apenas preciso de alguém que me segure para além das palavras.
Que me faça sentir segura apenas com o olhar.
E que o meu silêncio possa ser interpretado.
Pois de todos os silêncios que lhe dei, você sequer pode pega-los, quanto mais poderia acolhê-los.
Não escrevo para culpar-lhe de tudo o que não deu certo, eu apenas precisava tirar essas imensidões de mim.

15 de dez. de 2013

Ana/Amelie

Postado por AnaBaú às domingo, dezembro 15, 2013 0 comentários
Amélie, menina que nunca sentiu o toque do pai, e nunca teve a compreensão da mãe.
Esperou as estações passarem, cresceu e foi embora atrás do seu destino.
Sozinha, na sala, no quarto, no chão, no céu.
Olhando as pessoas pela janela e pela tv, sem nunca ter coragem de dizer uma palavra a ninguém.
Um objeto que cai, apresenta um novo olhar sobre aquilo que sempre esteve ali. Mais ao fundo, um sonho de alguém escondido em uma lata enferrujada.
Sem nome, sem endereço. Guardado em segredo onde ninguém poderia encontrar. Igual a você.
Ainda em silêncio, andou em todas as direções que poderiam levar ao dono da lata. Se ele se emocionasse igual a ela, acreditaria nas pessoas. Do contrário, continuaria em silêncio.
Inimaginavelmente aquele que sempre estivera ali, apareceu. Lhe deu o nome correto, e o endereço. Manteve-se tão perto e tão distante. Imaginou-se devolvendo milhões de latas escondidas com sonhos dentro.
Passou milhões de vezes ao lado de alguém que reconstítuia fotos que as pessoas abandonavam. Sem saber que ele era aquele que iria reconstituir os sonhos que ela havia jogado fora por medo de sentir.
Ao encontrar alguém com ossos de vidro, descobriu que os seus próprios ossos não quebrariam caso ela caísse.
Com flechas azuis guiou o amor até si própria.
Com seu próprio corpo deixou diversos sinais.
Quis desistir, por não saber proferir palavras.
Os ossos de vidro, bateu-lhe na cara, e pela primeira vez sentiu em seus ossos humanos que estava deixando a felicidade ir embora.
Correu sem olhar para trás e abriu a porta.
Ali estava o amor, apenas esperando ela ter coragem de atender.

6 de dez. de 2013

Postado por AnaBaú às sexta-feira, dezembro 06, 2013 0 comentários
Sinto falta da maneira como você ria, e puxava meu corpo contra o seu.
O calor dos corpos próximos, as respirações pela nuca, o desejo ardente.
Suas mãos fortes que me apertavam e me davam segurança.
Olhos olhos doces, que em segundos transformavam-se em olhos de fera.
O carinho, afago, afeto. O aperto, a mordida, o açoite.
As noites, madrugadas, manhãs e tardes.
A ausência.
Há falta, silêncio, inexistência de calor, de aproximação, de som.
A casa vazia, e apenas a sua camisa cobre meu corpo, enquanto a xícara de café aquece minha mão.
Não é como você, não há ninguém como você.
A xícara apenas aquece à medida que bebo, você aquece-me à medida que existe.
Você não disse que iria voltar, mas eu continuo debruçada na janela esperando o seu retorno.
Com a sua camisa preferida, descalça, nua, ainda sua.
Um amor sem data, que apenas acontece e preenche.
Meus olhos querem reencontrar os seus, ao menos por uma noite.
O meu corpo anseia pela sua respiração, mesmo que de longe.
O meu coração quer novamente existir, apenas por saber que você ainda existe.
A presença.
Ainda há a falta, a inexistência de calor, de aproximação e som. Mas ao mínimo sinal de que você vem, o coração já se pinta, e a bebida escorrerá pelo meu corpo, e eu continuarei sua, toda nua, na janela, esperando você aparecer.


Postado por AnaBaú às sexta-feira, dezembro 06, 2013 0 comentários
Estive pensando em nós dois.
 Dois, talvez nunca seremos um.
Eu querendo que você fosse a pessoa que eu buscava.
Você sendo a pessoa que eu achei que buscava,
mas ao final continuava sendo você.
Teu sorriso me derrete, me aquece e arrepia
Queria sentir minha língua na tua,
e depois ir embora pensando que você não era a pessoa que estou procurando.
Não sei mais qual a língua que falo,
que busco, que comunico, procuro, sinto,
seria o instinto ou a ânsia de estar com alguém?
Teus olhos, pequenos faróis.
Meus olhos, pequenos sóis.
Brilhos que se fundem, mas mantem-se separados.
A comunhão, descomunal.
Água e sal.
Quero beber e matar minha sede,
sede de você,
sede de ser,
um mais um igual a dois,
enquanto somos
um e um, apenas dois.

18 de nov. de 2013

Pra você que precisa esquecer.

Postado por AnaBaú às segunda-feira, novembro 18, 2013 0 comentários
Eu nunca tive pés maiores que andassem ao lado dos meus. Nem mãos fortes que segurassem as minhas.
Fui andando sozinha, achando que todo caminho era assim.
Vi as crianças no parque, com mãos grandes as guiando, com pés grandes as acompanhando, e eu continuava só.
Sem dias dos Pais, sem surpresas, sem colo, sem abraço forte. Sem alguém para correr quando eu estava com medo. Sem alguém pra dizer que tudo iria ficar bem. Sempre eu, e a mim mesma.
Sem alguém pra brigar comigo, sem alguém pra me ensinar o caminho. Eu achei que estava só.
E quando achei que estava para sempre só, você apareceu.
Mas as mãos grandes não me guiaram, os pés grandes não me acompanharam, e mesmo você estando ali, eu continuava só.
Carregando a menina pequena no coração, que ainda deseja usar um vestido rodado e correr te encontrar.
Você poderia me dizer que sou sua princesinha, e que você me ama. Você poderia?
Você poderia me colocar entre os seus braços, e me dizer que nunca ninguém iria me machucar.
Você poderia me ensinar a andar de bicicleta. E eu assim saberia que o mundo era maior do que eu imaginava.
Você poderia, mas aonde está você? Apareceu apenas para me dizer que existia, e novamente sumiu.
Como um fantasma no espelho. Como uma lembrança numa noite fria de inverno. Como aquilo que aquece o coração e depois vai embora.
Eu poderia viver sem sentir falta de você? Poderia?

Postado por AnaBaú às segunda-feira, novembro 18, 2013 0 comentários
Queria ficar escondida no meu canto, no escuro. Criar muros para me proteger.
Menina, é assim que me sinto. Pequenina, precisando de um abraço.
Vestido rosa, rodando, rodando, num parque.
Eu poderia ser uma princesa, poderia ir até a lua, poderia ser pra sempre sua.
Rodando, rodando, rodando.
Sonhando, sonhando, sonhando.
O cavalo levou o príncipe.
A lua e eu estamos tão longe e tão só.
Só, é tudo o que restou.
Estou só.
Sem boneca.
Sem vestido.
Sem cavalo, e
sem abraço.
Ainda menina.
Postado por AnaBaú às segunda-feira, novembro 18, 2013 0 comentários
Foi embora sem me dar um beijo e agora cá estou eu sonhando com seus lábios cor de amora. Teriam eles gosto de amora madura, que lambuza e mancha de cor? Ou seria um gosto apático que espera alguém lhe ajude a amadurecer?
Queria eu ser beija-flor, e nos seus lábios me molhar. Olhos fechados e nossas respirações. Sem mais palavras, apenas gosto de fruta e de flor.
Queria eu tatear com a ponta dos dedos a tua face, descobrindo-te as folhas, os relevos, o teu som. Sentir a ponta dos teus dedos, tateando minha face, descobrindo as minhas folhas, o meu tom.
Seríamos então música e fruta, que lambuza e faz dançar. Seríamos doce, travessura. Seríamos tanto. Seríamos você e eu.
Seríamos... se você não tivesse ido embora, me deixado sozinha, sem cheiro de fruta, sem gosto de flor. Assim, menina, fora do tom.
Um som baixinho, quietinho, no fundo do peito, aqui sem você.

10 de nov. de 2013

Postado por AnaBaú às domingo, novembro 10, 2013 0 comentários
Eu sei quem você é. Eu sei de que matéria você é feita. Eu sei dos seus conflitos, do seu choro, do seu sorriso. Eu sei da sua beleza e sei do seu medo. Entenda: eu também sou você.
No meio de todos as outras, você apenas uma. Olhos tristes e um lindo vestido rendado sem cor. Tentei encontrar outra, mas teus olhos encontraram os meus, como que implorando para que não te deixasse. 
Em troca, você me deu um sorriso e a chave que abre todas as portas que eu tiver coragem de buscar. 
Somos feitas da mesma substância, cheias de sonhos e com um mundo inteiro de possibilidades. 
Os olhos se tornaram confidentes, quando encontro os teus, logo você vai dizendo: Lembra da sua voz interna? Aquela que você não pode calar nunca?
Ela tem uma tarefa: a de te tornar cada vez mais forte.
Acredite: eu sei quem você é. E por isso mesmo, acredito em você. E lhe digo: você consegue sim. Ache a sua paz. Você a merece. E deixe que o seu sorriso visite sempre os seus lábios.
Você é linda exatamente como é. E não há nada de errado com você. Eu estou do seu lado. E sou um pouco você.
E juntas, mesmo que você esteja aí e eu aqui, conseguiremos sim, conquistar o mundo.

2 de nov. de 2013

Postado por AnaBaú às sábado, novembro 02, 2013 0 comentários
Eu rezo para que um dia, caso eu perca a memória, meus pés ainda possam me trazer de volta para casa.
Que meu corpo não esqueça da dança sagrada, e que eu ainda possa cantar para a Grande Mãe.
Que eu não esqueça do chamado que vem da terra, e que através do vento, os segredos podem ser ouvidos.
Que o fogo que habita em meus olhos, não seja apagado como as minhas lembranças. E que eu ainda seja purificada com a água que corre livre pelos rios.
Eu rezo para que a Deusa que vive em mim nunca me abandone.
Eu rezo para que eu nunca abandone a Deusa que vive em mim.
Que eu ainda possa andar com quatro patas e uivar para a lua.
Que as ervas do meu jardim não sejam abandonadas.
E que as minhas pedras ainda toquem o meu interior.
Eu rezo para que, se caso um dia eu perca a memória, aquilo que me manteve viva por tanto tempo, continue a me guiar.

1 de nov. de 2013

Postado por AnaBaú às sexta-feira, novembro 01, 2013 0 comentários
"Tenho me sentido constantemente duas. Uma em mim, a antiga, continua imersa nas ilusões de minha história pessoal e tende a reagir como sempre. Mas eis que existe essa outra, que caminha pela vida como faria um recém nascido tentando entender o mundo em que vivemos. E essa outra é assustadora às vezes, vê e sente tudo diferente, se importa menos com coisas que parecem importar muito aos outros, se importa mais com coisas que o mundo parece nem perceber. Essa outra pega a primeira no colo e sente tanto, tanto amor... E nesse colo cheio de uma mansidão silenciosa, derretem-se as crenças, as lembranças, os desejos. Só resta uma presença sem nome e sem forma. Calam-se as palavras e tudo se torna esse silêncio pleno de significado. E nesse abraço cabe não só a outra de mim, mas também todos os outros... As pessoas, os animais, os rios, as florestas. Somos um."
por Patricia Gebrim

31 de out. de 2013

O fogo de Beltane - Thales Travalon

Postado por AnaBaú às quinta-feira, outubro 31, 2013 0 comentários
Naquele dia, especialmente naquele dia, faziam quatro anos que haviam se encontrado pela primeira vez. Dançaram alegremente em torno do mastro de Beltane, seus olhos brilhavam como esmeraldas verdes e profundas, dentro de cada um deles. E sob um silêncio respeitoso, toda a vida, toda a pequena vila, até mesmo as estrelas se apagavam para que a fogueira fosse acesa. E em suas chamas, nas labaredas que ardiam, o nome do Deus era evocado e ricocheteado, o cheiro de Olíbano se espalhava e a floresta tremia, a floresta se aquecia e calava, o grito estava apenas dentro deles, em seus olhos, rugindo o nome cornífero, o som da galha majestosa.

Houve uma época onde as pessoas acendiam sorrisos, ao invés de velas. E eles [os sorrisos] conseguiam ofuscar o sol. Nessa mesma época, fazíamos preces sem pretensões de sermos ouvidos e atendidos. Fazíamos porque era belo e nossos filhos sorriam e isso ofuscava qualquer pedido. E nossos filhos eram pequenos [eram menores do que nós], assim como nós éramos [pequenos] naquela época e somos ainda hoje, menores que nossos filhos. Nossa pretensão é jamais crescer, jamais almejar inflar, talvez assim, pequenos, fulguremos no olhar e na lança do Deus que protege com seus chifres as pessoas que hoje acendem sorrisos.

O fogo de Beltane ardia, e queimava dentro de nós. Em nosso coração, a chama sagrada se restituía, talvez por estarmos juntos. Naquele momento éramos um, com as chamas, dançando ao seu redor, e o Deus conosco. A Deusa terra, o Deus sol. Seus brilhos florescendo flores, as flores com brilho real. Naquela época não sabíamos que seríamos lembrança e nostalgia. E que após tantas vidas, tantos dilemas, tudo se culminaria em nosso encontro, tudo se revelaria sob o brilho da lua. Jamais imaginaram que seus votos e suas preces seriam guardados pelas Sílfides e que seriam imunes ao esquecimento, assim como as Salamandras não queimam sob o fogo. E os poemas eram cantados pelas Ondinas, todas as palavras doces que as pedras do circulo haviam guardado pelas gerações. Ela e ele, quebra-cabeças que nem mesmo todo o tesouro dos Gnomos poderia pagar.

Ele dizia: Seja meus segredos. Seja o código de meus olhos, a lembrança de minhas temperanças, apenas guardada em meu maior bem: teus lábios. Seja apenas minha, como naquela época dos sorrisos, onde plantávamos a floresta em tuas terras, e o despertar da arte em teus filhos. Seja todos os meus bens, seja todas as minhas tatuagens invisíveis, seja meu entardecer, o meu amanhecer e o meu emudecer aos braços teus quando apenas sorrimos, sem prece, sem crescer. Seja o carvão que sustenta meu fogo, nunca apague de mim o que remete a você. Não deixe a noite cair sem que o fulgor de teus olhos viva.

Ela dizia: Sou o passado, presente, futuro, o tempo. Sou em teus braços o germinar sem contratempo. Sou companheira, esposa, imperatriz. Sou em teus laços o reciclar de tua matriz. Sou intransferível, definitiva, tua. Sou em teus domínios a liberdade viva e crua. Sou o repousar, levantar e regresso. Sou em tuas mãos artifício de egresso. Se não tua, de mais quem? Se não nua, vestida de quê? Se não fogo, como lhe representar? Se não hoje, quando lhe amar? Se não Beltane, qual Sabath será? Se não sorrir, como lhe festejar? Não encare essas palavras como heresia. Não sei ser mulher, sem antes ser poesia.

O fogo sagrado de Beltane ardeu sem fim.
O fogo sagrado de Beltane ardeu em mim.

16 de out. de 2013

Solidão.

Postado por AnaBaú às quarta-feira, outubro 16, 2013 0 comentários

Um. Sempre sozinho. Sempre singular. Vazio e cheio. Nada e tudo. Apenas Um. Olhando a si mesmo, porque não há mais ninguém.

13 de out. de 2013

E pra você, o que o amor significa?

Postado por AnaBaú às domingo, outubro 13, 2013 0 comentários
Eu sei que estava diante o Divino, e naquela noite a resposta que recebi para as minhas perguntas foi a seguinte. Deixada em cima de uma mesa, o palestrante deixa sem querer que se leia em suas folhas: O que o amor significa pra você? Esta é uma ótima reflexão.
Acordei antes da palestra começar, e sei que cabe a mim própria responder essa pergunta tão profunda.
Afinal o que o amor significa pra mim?
Quando penso em amor, logo me vem á cabeça um amor Divino, sublime, transparente e puro. Amor que não se direciona apenas á pessoas, mas sim á toda a existência do planeta.
Amor pra mim significa construção. Quando não consigo construir nada em minhas diversas relações, sei que isso não é amor e que irá se apagar com o tempo. E ao mesmo tempo vejo o quanto construí durante a minha vida.
Tenho amores dos mais diversos, plantas, animais, a existência, o Divino, meus amigos, minha família, eu mesma, minhas relações, meus sonhos, meus desejos, meu futuro, meu presente e até uma boa parte do meu passado. E muitas coisas mais, que precisaria de muitas  e muitas páginas mais para listar tudo.
Amor é presente que se dá e não se espera nada em troca. É querer que fique, mas dar liberdade para ir, e liberdade para voltar. Amar é ir embora e não voltar atrás. Amar é respiração, é complementar. Amor é singular e plural. É amar de diferentes formas, diferentes coisas, em diferentes tempos, por tempos indeterminados.
Será que o amor acaba?
Não sei, talvez ele apenas se transforme. Talvez fique escondido no cantinho do peito, mas que foge quando você menos espera. Amar é surpreender-se, entregar-se. Gerar vida, cuidar da vida, criar vida, transformar a vida. E querer viver tudo outra vez, com a mesma pessoa, com a mesma coisa, com você mesma. Amar é libertar-se, é permitir sentir o sentimento mais puro e nobre que pode nos tocar.
Isso é um pouco do que o amor significa pra mim. E pra você, o que o amor significa?

Sonho.

Postado por AnaBaú às domingo, outubro 13, 2013 0 comentários


Do sonho, apenas restou-me a lembrança, de um pequeno papel encima da mesa, onde se lia: O que o amor significa pra você?

11 de out. de 2013

Postado por AnaBaú às sexta-feira, outubro 11, 2013 0 comentários
Estive inebriada pela sua voz, pelo seu cheiro, o som do nosso coração.
Mas ao abrir os olhos percebi que devia deixar-te seguir o seu caminho.
Tentei deixá-lo aqui ao lado por mais um instante, mas eu sabia que você deveria partir.
Dei-lhe então um último beijo, e baixando os olhos, apenas acompanhei seus passos porta a fora.
Quis seguir-te, para dizer mais uma vez o quanto o amo, mas era hora de partir.
Da janela eu pude ver, o meu amor indo com você, até se tornar um borrão no horizonte.
Ali estava eu, com uma canção ao fundo, um coração na mão, sabendo que um dia chegaria a minha hora de partir.
Adeus querido.
A xícara repousa na mesa, ao lado de um beijo seu.
É hora de partir.
Coloco um casaco e saio andando. Talvez um dia nossos caminhos se encontrem. Mas nunca saberemos, se um de nós não partir primeiro.

9 de out. de 2013

A velhinha que dava nome às coisas.

Postado por AnaBaú às quarta-feira, outubro 09, 2013 0 comentários
Ela era uma velhinha que morava sozinha, em uma grande casa. Não tinha amigos porque, ao longo dos anos, ela os vira morrer, um a um.
Seu coração era um poço de saudade e de perdas. Por isso, ela decidira que nunca mais se ligaria afetivamente a ninguém.
E, para se lembrar que um dia tivera amigos, passara a chamar as coisas pelos nomes dos amigos que haviam morrido.
Sua cama se chamava Belinha. Era grande, sólida e confortável. Mesmo depois que ela se fosse, Belinha continuaria a existir. A poltrona confortável da sala de visitas se chamava Frida.
Haveria de durar muitos anos mais.
A casa se chamava glória. Tinha sido construída há mais de cem anos, mas não aparentava mais que vinte. Era feita de madeira muito forte, vigorosa. E o carro, grande, espaçoso se chamava Beto. "haveria de servir", pensava a velhinha, "para alguém, depois de sua morte."
E assim vivia a velhinha solitária.

Certo dia, quando estava lavando a lama de Beto, um cachorrinho chegou no portão. O portão não tinha nome, porque ela achava que ele logo teria que ser substituído. Suas dobradiças estavam enferrujadas e a madeira apodrecida.
O animalzinho parecia estar com fome e ela tirou um pedaço de presunto da geladeira e o deu ao cão, mandando-o embora. Porém, no dia seguinte, ele voltou. E no outro e no outro. Todos os dias, ele vinha, abanava o rabo e ela o alimentava, mandando-o embora.
Ela dizia que Belinha não comportava um adulto e um cachorro, que Frida não gostava que cães sentassem nela e glória não tolerava pêlo de cachorro. E Beto? Bom, esse fazia os cachorros passarem mal.
Um ano depois, o animal estava grande, bonito. E tudo continuava do mesmo jeito. Até que um dia ele não apareceu.
Ela ficou sentada na escada, esperando. No dia seguinte, também. Nada.
Resolveu telefonar para o canil da cidade e perguntar se eles tinham visto um cachorro marrom. Descobriu que eles tinham dezenas de cachorros marrons. Quando perguntaram se ele estava usando coleira com o nome, ela se deu conta que nunca dera um nome para ele.

Sentou-se e ficou pensando no cachorro marrom que não tinha coleira com um nome. Onde quer que estivesse, ninguém saberia que ele tinha de vir todos os dias até seu portão para que ela lhe desse de comer.
Tomou uma decisão. Dirigiu Beto até o canil e falou para o encarregado que queria procurar o seu cachorro. Quando ele lhe perguntou o nome do cachorro, ela se lembrou dos nomes de todos os amigos queridos aos quais havia sobrevivido. Viu seus rostos sorridentes, lembrou-se de seus nomes e pensou em como fora abençoada por ter conhecido esses amigos.

- Sou uma velha sortuda, pensou.
- O nome do meu cachorro é Sortudo, disse.

E gritou, ao ver os cães no grande quintal:
- Aqui, Sortudo!

Ao som da sua voz, o cachorro marrom veio correndo. Daquele dia em diante, Sortudo morou com a velhinha.
Beto parece que gostou de transportar o cachorro. Frida não se incomodou que ele sentasse nela. Glória não ligou para os pelos do cachorro. E todas as noites Belinha faz questão de se esticar bem para que nela possam se acomodar um cachorro marrom Sortudo...e a velhinha que lhe deu o nome.

Não temamos nos afeiçoar às pessoas. Ninguém consegue viver sem amor, sem amigos, sem ninguém.
Não nos enclausuremos em solidão, nem percamos a oportunidade extraordinária de amar.

Amemos a quem nos rodeia. Também à natureza e os animais, recordando que tudo é obra do excelente Pai que nos criou.

Equipe de Redação do Momento Espírita.
Postado por AnaBaú às quarta-feira, outubro 09, 2013 0 comentários
A casa está em silêncio e todos já foram dormir.
A música ao fundo diz " Por favor fique, meu querido", e eu digo por favor fique...
Em um instante as cores se recolheram dentro de mim e não querem colorir minhas veias e eu apenas respiro.
Sonhando, mas com o quê? São tantos sonhos, mas eles realmente podem se tornar reais?
Eu apenas respiro ouvindo a música pedindo que você fique. Você tem toda a minha respiração.
Nossos corações estão se entrelaçando aos poucos, mas há uma música que diz "Dirija meu coração pela noite, você pode deixar as chaves pela manhã, só não quero sair sem o seu amor".
Eu não quero sair sem o seu amor, mesmo sem saber se este me pertence.
Você olha diretamente nos meus olhos e eu te entrego minha respiração.
Eu fecho os olhos e sinto seu corpo próximo ao meu, o calor que a sua pele emana sobre a minha pele, porém nunca nos tocamos.
Sorrimos, conversamos e amamos, em silêncio.
Então meu querido, eu te digo "Dirija meu coração pela noite, você pode deixar as chaves pela manhã, mas querido, por favor, volte".
Eu não conseguirei dormir se você não estiver aqui.
Você possui a minha respiração.

4 de out. de 2013

Postado por AnaBaú às sexta-feira, outubro 04, 2013 0 comentários
"Fico triste, mas não desaprovo separações. Já entendi que vínculos terminais devem ser eutanasiados. Relações destruídas ou destrutivas podem consumir os envolvidos até o fim. Vi muita gente florescer após um recomeço, por vezes em um novo amor, outras em importante romance consigo mesmo. Mas sei o alto preço disso. Das separações que vivi, impossível esquecer a devastação, o vazio que restou. Dói, destrói. Conviver com um amigo separado é reviver esse luto. Nessa hora, o amor fraterno é imprescindível, mas nossa presença não tapa o furo".
Diana Corso.

1 de out. de 2013

Postado por AnaBaú às terça-feira, outubro 01, 2013 0 comentários
Eu adoro a forma como você me olha, como você me sente, como você me faz sorrir.
Seus olhos, seu sorriso deixam o meu dia mais leve e com mais cor.
Como não adorar tudo o que vem de você?
Olhar pra você me faz acreditar no amor. Um amor que vai muito além do eu te amo. É um amor que diz, quero ver você crescer e se precisar estarei segurando a sua mão.
Você me ensina a sonhar, mas entende quando eu quero sonhar sozinha.
Eu me sinto mais poderosa quando olho pra você. Eu sinto você, quando você olha pra mim.
E quando olho pra nós vejo que construímos castelos altos sobre terrenos de pedra, que hoje florescem.
Nossos sonhos chegam até o céu e se transformam em estrelas. Nossas alegrias são como a chuva retornando para a terra, lavando a dor.
Eu adoro olhar pra você e ver como a gente cresceu. Eu adoro olhar pra você e ver como você cresceu. Eu adoro olhar pra você e ver o quanto eu cresci, contigo.
Tudo o que eu posso dizer agora é que agradeço aos Deuses por te ter aqui, ao meu lado, sorrindo. Você é um raio de sol que chega e ilumina minha vida, dissipando toda a escuridão.
Eu adoro olhar pra você e saber que você continua aqui.
Porque nós construímos algo tão puro quanto aquilo que nos nutre.
Nós somos um sonho do Criador.
Eu e você.
E eu adoro saber de tudo isso.
Obrigada por fazer minha vida cada vez mais feliz.
Eu adoro você.

Eu adoro você.

Postado por AnaBaú às terça-feira, outubro 01, 2013 0 comentários
Baby, quando você me olha meu mundo começa girar.
A maneira como você me olha e sorri faz meu coração acelerar.
E eu, bem, eu só posso dizer que adoro você.

29 de set. de 2013

Postado por AnaBaú às domingo, setembro 29, 2013 0 comentários
"Amada Bastet, 
Senhora da alegria e da generosidade, 
gêmea do Deus Sol, 
mate o mal que aflige nossas mentes
assim como tu mataste a serpente Apep.
Com tua graciosa discrição,
antecipe aos movimentos
de todos aqueles que perpetram crueldades
e que fiquem suas mãos
diante da Criança da Luz." - Meru Sami

21 de set. de 2013

Nunca diga apenas que saí andando, eu sempre irei te querer"

Postado por AnaBaú às sábado, setembro 21, 2013 0 comentários
Fui tomada por um completo silêncio que me mantém imóvel. É apenas um sentimento que move meus dedos formando a expressão do que sinto. Silêncio. Olhos que só enxergam o vazio. Silêncio. Vazio. Não há porque se mover em qualquer direção.
E hoje é um dia sagrado, uma noite de alegria e esperança. A fartura, a prosperidade, a abundância e os sonhos coloridos retornam trazendo amor. E eu estou completamente imersa em um vazio sem entender.
A cabeça está vazia, o coração está quente, e o corpo frio.
A música insiste em cantar "Nunca diga apenas que saí andando, eu sempre irei te querer". E eu apenas olho para essa tela com frases se formando.
Talvez tenha sido você, que quando levou meu coração, destruiu também os meus sonhos.
E a música termina dizendo "Sim, você. Você me destruiu. Tudo o que você fez foi me quebrar, me deixou abaixada no fogo e saiu".
Postado por AnaBaú às sábado, setembro 21, 2013 0 comentários
 "Pessoas vão embora de todas as formas: vão embora da nossa vida, do nosso coração, do nosso abraço, da nossa amizade, da nossa admiração, do nosso país. E, muitas a quem dedicamos um profundo amor, morrem. E continuam imortais dentro da gente. A vida segue: doendo, rasgando, enchendo de saudade… Depois nos dá aceitação, ameniza a falta trazendo apenas a lembrança que não machuca mais: uma frase engraçada, uma filosofia de vida, um jeito tão característico, aquela peculiaridade da pessoa. Mas pessoas vão embora. As coisas acabam. Relações se esvaem, paixonites escorrem pelo ralo, adeuses começam a fazer sentido. E se a gente sente com estas idas e também vindas, é porque estamos vivos. Cuidemos deste agora. Muitos já se foram para nos ensinar que a vida é só um bocado de momento que pode durar cem anos ou cinco minutos. E não importa quanto tempo você teve para amar alguém, mas o amor que você investiu durante aquele tempo. Segundos podem ser eternidades… ou não. Depende da ocasião."

14 de set. de 2013

Postado por AnaBaú às sábado, setembro 14, 2013 0 comentários
Estou tentando entender o que você fez comigo. Só consigo lembrar do telefone tocando, a ligação horrível, horrível o suficiente para ouvir seu nome nela. E eu ainda estou me perguntando o porquê.
Você poderia me responder o porquê? Desde aquele momento eu só consigo me calar.
Escrevo para que tudo isso que sinto não afete meu corpo, eu não preciso de uma dor maior do que essa.

8 de set. de 2013

O futuro que está presente.

Postado por AnaBaú às domingo, setembro 08, 2013 0 comentários
O Grande Rito está se aproximando, assim como você e eu.
Hoje tenho certeza que nossos corações se uniram desde a primeira vez que nos vimos. Seus olhos atravessam minha alma quando você me olha diretamente. Meu sorriso não disfarça, eu já sou tua.
Fui tua desde a primeira vez que nos vimos. Serei tua até o dia em que nossas almas já não se encontrarem.
O futuro está presente, dia a dia, minuto a minuto, eu sei que em breve seremos apenas você e eu.
E nesse dia você saberá que é o único em minha vida, e que eu tive essa certeza desde a primeira vez em que te vi. Não sei como puder esconder esse sentimento, apesar de achar que nada pode ser escondido quando estou diante de ti.
Tu decifra meus sonhos, meus olhos, meu corpo. Eu sou tua, em meus sonhos, em meus desejos, no presente futuro que se aproxima.
Venha até mim para que celebremos o Grande Rito e então nosso destino estará selado. O tempo está passando, e eu estou me preparando para o encontro de nossas almas, na festa da fertilidade, na noite sagrada do meu povo.
Então meu amor, não te desesperes. Acompanho seus passos como se fosse sombra, e cuido de teus sonhos durante a noite como a coruja que vê através da escuridão.
Quero curar teus medos e assim curar os meus. Quero estar em seus sonhos, assim como você está nos meus. Quero teu corpo no meu para que a escritura se cumpra. E quero celebrar a vida, essa vida que só será completa quando você estiver aqui.
Compartilharemos a vida sagrada que nos foi confiada. Então meu amor, sei que você sente o chamado do Pai Primordial, assim como a Mãe Primordial me guia, logo nos encontraremos e então seremos Um.
O grande mistério.

15 de ago. de 2013

Postado por AnaBaú às quinta-feira, agosto 15, 2013 0 comentários
Aquele foi o beijo mais intenso que dei em minha vida.
Lembro-me que tudo começou com uma bebida multicolorida, assim que bebi todo meu ser se encheu de cor. Nos olhávamos e sorríamos, e aquela bebida estava mexendo conosco. Num ímpeto, sentei-me em seu colo e olhei-o profundamente,e  nesse instante eu pude ver tudo o que procurei refletido em seus olhos.
Aproximei minha boca lentamente da sua mantendo meus olhos presos aos seus e quando senti nossos lábios se tocando, cerrei-os.
Eu não poderia descrever qual foi a sensação de sentir nossos lábios se tocando, eu desejei que nos misturássemos. Contigo me senti no paraíso, e queria explorar todos os cantos de seu ser através de nossas bocas.
Deleite-me e o tempo parou. Quando olhei em seus olhos novamente, eu soube que era você. Meu sorriso não mente, seu sorriso não mente, derreto-me com um mínimo sorriso que apareça em seu rosto. Tu és meu sol, e ainda guardo o gosto do seu beijo na esperança de que você venha recuperá-lo.
Lembro-me que aquele foi o beijo mais intenso que dei em minha vida, foi muito mais profundo do que duas bocas se tocando, foi um beijo de alma, na qual você me teve inteira.

1 de ago. de 2013

Postado por AnaBaú às quinta-feira, agosto 01, 2013 0 comentários
Senhora do Fogo Sagrado, tocha divina da escuridão
Acendei o fogo adormecido da minha esperança
E alimentai de oxigênio os suspiros dos meus sonhos
Renovai minha vida com energia, saúde, inspiração e arte
Porém fazei-me consciente de queimar os meus equívocos
Adubando com suas cinzas os verdadeiros valores da vida
Iluminai meus caminhos com o fogo da humildade e do amor
Que eu guarde sempre e alimente minha luz interior, escute meu coração 
E saiba enxergar a luz alheia como extensão da minha própria luz
Oh, Brigid, alimentai nossas almas frias em todos os nossos invernos
Agradecemos e reverenciamos vosso divino colo aquecido de cura e de graças 
Que assim seja!

31 de jul. de 2013

Postado por AnaBaú às quarta-feira, julho 31, 2013 0 comentários
Porque seus olhos aquecem minha alma, se o amor que toca nossos corpos é mais puro do que o que toca um homem e uma mulher.
Porque o seu sorriso desperta o meu, e até meus olhos sorriem olhando pra você.
A sua voz ecoa pelo meu corpo curando toda a dor.
Nossas mãos não se tocam, e nossos corpos estão separados por milhas, mas o amor nos toca da mesma maneira.
Como explicar tudo o que nós vivemos?
Anos se passaram e continuamos aqui.
Eu só sei que quero envelhecer olhando pra você, quero estar ao seu lado pra te ver sorrir todas as manhãs. Quero envelhecer ao seu lado, tendo a certeza que eu encontrei a eternidade, quando encontrei você.
Postado por AnaBaú às quarta-feira, julho 31, 2013 0 comentários
Um convite para uma viagem até o meu coração.
Seja bem vindo querido visitante, espero que tenha uma bela estadia no mais profundo de meu ser.
As paredes estão secando, estreitas procuram uma nova passagem de ar.
Pequenos terremotos sonoros de um coração que a grito pede calor.
Ouça as vozes ecoando por todo este ser vazio.
Encante-se com essa viagem... Vejam, há algo acontecendo naquele canto.
E de repente as veias voltam a se encher de amor, e todo o corpo ecoa preenchido pelo mais profundo amor.
Há em nossa frente olhos que refletem meus olhos.
Há em nossa frente mãos que tocam minhas mãos.
Há em nossa frente um coração que encontrou o meu.
O calor preenche todo este corpo que antes estava sem vida.
Há música em todos os cantos.
As paredes dilatam-se para receber novas cores.
E os terremotos sonoros transformam-se na bela melodia de um coração acelerado.
Ouça as vozes ecoando em um sonho.
Desperta-te e busca alguém que com um simples toque  de mãos, desperte também seu coração.

25 de jul. de 2013

Cansaço.

Postado por AnaBaú às quinta-feira, julho 25, 2013 0 comentários
Eu sinto que meu tempo está chegando ao fim.
A minha está indo como a areia em uma ampulheta, e cada dia a velocidade com que a areia cai aumenta.
Não sei se estou adiando demais este tempo, se estou me recusando a ouvir os chamados.
Não sei se chamam por mim, mas há algo em mim que quer ir.
Sinto que envelheci mais em dois anos do que em todos os anos que vivi até aqui.
Meus olhos perderam o brilho e meu ar jovial desapareceu.
Quase não tenho mais forças para manter-me em pé.
Estou sentindo o cansaço em meus ossos e preciso descansar.
Há alguém me chamando e eu estou indo.
Não há mais nada para fazer aqui, tudo o que tento, acaba por trazer mais vazios para dentro de mim.
Roubam-me as minhas últimas esperanças, as únicas coisas que me mantinham viva.
A chama está se apagando, os olhos estão se fechando.
Eu só tenho dezenove anos, mas meus ossos estão cansados e precisam descansar.
Não tente me entender.
Só me deixe partir em paz.
Preciso descansar.

19 de jul. de 2013

Postado por AnaBaú às sexta-feira, julho 19, 2013 0 comentários
Cheguei em casa e havia alguém meu lugar.
Por um instante pensei que não deveria ter voltado, meu lugar já estava ocupado e quem estava sobrando ali era eu.
Não encontro mais um lugar chamado casa.
Não encontro mais um lugar chamado lar.
Não encontro mais um lugar em que haja paz para descansar.
Preciso entender que já não faço mais parte das paredes, e que a pintura mudou.
Preciso entender que os pés que tocam o chão hoje, não são os mesmos pés que tocaram o chão um dia.
Preciso entender que meu corpo já não é o mesmo, e que os sonhos também não.
Preciso entender que não há lugar para mim, em um lugar que nunca foi meu.
Preciso deixar tudo o que eu fui e que eu amo.
É hora de partir.
Hoje cheguei em casa e havia alguém em meu lugar, não encontrei a minha casa e muito menos o meu lar, não havia um lugar de paz para descansar. A pintura mudou, os meus pés já não tem o mesmo tamanho, mas eu ainda não consigo alcançar, você é alto demais para que eu possa te tocar e encontrar abrigo nos seus braços.
Meus pés nunca me fizeram mais alta, mesmo na ponta dos pés, era alto demais te alcançar. E hoje, estamos tão próximos, mas você continua distante. Hoje havia alguém no lugar em que eu sempre sonhei que seria meu.
Meu coração está doendo e ninguém pode ver. O colo e aconchego que eu sempre precisei e que sempre me foi negado, hoje é ofertado a quem quiser. O cuidado e atenção são igualmente dados a alguém que não sou eu.
O silêncio continua aqui, em meu coração. A esperança também.
Devo eu partir?
Hoje cheguei em casa e havia alguém em meu lugar.

15 de jul. de 2013

Postado por AnaBaú às segunda-feira, julho 15, 2013 0 comentários
Você não entende o que eu digo.
Entenderia se sentisse tudo isso em sua pele.
Não me olhe com esses olhos doces e não fale comigo com sua fala mansa, se não pode acalmar minhas tempestades internas.
Eu já estou perdendo a esperança de que algum dia alguém virá e realmente entenderá o que se passa dentro de mim.
Se não puder me entender, simplesmente me abrace e não diga mais nada.

9 de jul. de 2013

Postado por AnaBaú às terça-feira, julho 09, 2013 0 comentários
E então você me beijou, tocou meus lábios e disse adeus.
Quem sabe eu apenas tenha despertado de um doce sonho, ou talvez eu não queira aceitar que você se foi.
Queria dançar a mesma música com você e sentir você me guiando pelo salão como se só existíssemos você  e eu.
Lembra que não vivemos um conto de fadas e que eu não preciso ir a meia-noite.
Toca-me, não sou de vidro, eu não vou quebrar se você me abraçar com força.
Embala-me sob a luz da lua e ama-me como se nunca mais fossemos existir.
Guia-me pelo teu corpo,
pelo meu espaço,
por tudo isso que somos nós.
Então eu só peço,
beija-me,
quero acordar com o sabor dos lábios teus.

Postado por AnaBaú às terça-feira, julho 09, 2013 0 comentários
Estou dançando sobre a chuva,
 rodopio e rodopio.
Não há limites para ser,
sorrio e sorrio.
Convido pessoas para dançarem comigo,
"somente uma louca para dançar na chuva"
e então eu continuo,
rodopiando.
A música se forma em todo meu corpo,
se giro,
salto,
ou rodopio.
Se deito no chão,
ou fico na ponta dos pés.
A música circula em mim,
sou eu,
e então rodopio outra vez.

3 de jul. de 2013

Hoje voa.

Postado por AnaBaú às quarta-feira, julho 03, 2013 0 comentários
Era uma vez uma menina chamada Ana Carolina Baú, além de seu sobrenome, levava consigo um pequeno baú em baixo do braço.
Os anos foram passando e o baú começou tornar-se pesado, mas Ana persistia carregando seu baú, até que um dia teve que parar para descansar, pois o peso que carregava ia além daquilo que podia aguentar.
O que haveria dentro daquele baú que sempre levara cuidadosamente em baixo do braço?
Sentou-se então diante de seu baú e o abriu para ver o que havia dentro. Ali encontrou memórias antigas de todas as pessoas que haviam passado pela sua vida, mas que por algum motivo não estavam mais com ela. Enlaçada com essas memórias estava a saudade, o medo, e um outro pequeno baú cuidadosamente lacrado.
Alguém veio e bagunçou todas as memórias que estavam empilhadas no baú, viu-se obrigada então a olhar para coisa que estava ali e decidir o que queria continuar carregando.
Cuidadosamente pegou memória por memória, reviveu-as por um instante e decidiu que estava na hora de jogá-las fora.
Haviam aí também os brinquedos da infância, um gato e uma vaca. Amou-os novamente, mas decidiu que eles também deviam partir.
Encontrou então o pequeno baú lacrado, pegou-o nas mãos, mas não tinha certeza se realmente queria descobrir o que havia dentro. Respirou fundo, e decidiu abri-lo. Logo suas mãos se encheram de boas memórias, ali estavam todas as coisas que haviam enchido seu coração e novamente sentiu-as ali. Decidiu porém que não queria mais carregá-las no baú, jogou-as então ao vento para que pudessem se transformar em memórias sem peso.
E quando pensou que havia se livrado de todos os seus pesos, encontrou ela mesma guardada no baú, soterrada por todas aquelas coisas, mas ainda com vida. Ana percebeu então que todos aqueles pesos a estavam impedindo de andar e decidiu que não queria mais carregar o baú.
Ana levantou-se e começou a andar sem pesos e nesse dia descobriu que tinha asas.





29 de jun. de 2013

Postado por AnaBaú às sábado, junho 29, 2013 0 comentários
Eu busco alguém que se chama eu.
Que tem um nome, Ana.
Que tem uma face,
olhos, boca e tudo mais.
Que possui longas unhas,
e mãos cheias de caminhos.
Poderiam esses caminhos me levarem até aonde eu estou?
Poderiam esses olhos me mostrarem quem eu sou?
Poderiam essas unhas abrirem novos caminhos sobre a minha pele?
Eu busco alguém que tem um nome, Ana.
Que tem sonhos,
medo, tristeza e tudo mais.
Que sente o maior amor do mundo,
e esse amor nutre.
Poderia esse amor nutrir todo o meu corpo?
Poderia esse amor nutrir meus sonhos?
Apagar o medo? E acalentar a tristeza?
Eu busco alguém que tem um nome, Ana.
Ana, sou eu.
Ana, são tantas pessoas.
Ana sente medo.
Ana ama.
Ana não sabe onde está agora,
e por isso estou buscando-a.
Postado por AnaBaú às sábado, junho 29, 2013 0 comentários
Andando sem direção dentro da minha mente.
Sou eu e ela, e juntas formamos nós.
Nós que prendem e sufocam, e que estão me impedindo de seguir.
Eu mesma sou o que me prende.
Penso que um voo perfeito me libertaria de tudo, somente abrir as asas e saltar, indo direto para o infinito.
Um mergulho dentro do nada, que seria o meu tudo.
As vozes que estão em minha mente, são minhas.
Vozes opostas que me deixam sem saber para onde ir.
Uma não pode ir sem a outra.
Há alguém em minha frente me olhando com olhos doces, esses olhos parecem que entendem o que sinto.
Mas será que entender é o suficiente para libertar?
Que mundo é esse que existe dentro de mim, que me impede de viver um mundo que existe fora.
Penso que deveria abandonar de vez as pessoas que amo, para deixá-las viver em paz.
Penso que deveria abandonar de vez as pessoas que amo, para viver em paz.
O silêncio e o barulho na minha mente me entorpecem.
Cada dia é um novo nó que se forma, e parece que o dia em que irei desatá-los fica cada vez mais distante.
E enquanto esse dia não chega, sigo eu, aqui, andando sem direção dentro da minha mente, tentando encontrar maneiras de desatar os nós que são eu mesma.
Postado por AnaBaú às sábado, junho 29, 2013 0 comentários
Já não me entendo mais, a minha pintura está borrada.
As perspectivas para o futuro existem, mas nada me leva pra frente sozinha.
Meu passado e meu presente se mesclam, e parece impossível desassociá-los.
Metade criança, metade mulher.
Uma metade que teme, outra que quer.
As duas se escondem.

15 de jun. de 2013

Postado por AnaBaú às sábado, junho 15, 2013 0 comentários
E lá estou eu, na cozinha, cozinhando poesia.
Cada ingrediente escolhido pelo coração, delicadamente misturado.
Um pouco de açúcar, canela, uma pitadinha de baunilha e maçãs para finalizar, esta é a receita perfeita para o amor.
Mexendo os ingredientes em sentido horário, e acrescentando bons pensamentos para a massa crescer. Como se cada movimento fosse um agradecimento pela mágica que está acontecendo, em instantes todos aqueles ingredientes se transformam em um pão de maçã que perfuma a casa toda.
O forno é como o sol que doura a nossa pele, e sobre a massa forma-se delicadamente uma crosta dourada como as dunas de um deserto.
Chega então a hora de desvendar os mistérios do deserto dourado que formou-se. Um corte sutil releva um interior macio e perfumado, um verdadeiro oasis.
Fecho os olhos então, e lentamente levo à boca aquele perfumado pedaço de céu, que preenche todos os meus sentidos de um estranho sentimento de gratidão.
Realmente, voltar para casa devolve a poesia que vive em mim.

2 de jun. de 2013

Postado por AnaBaú às domingo, junho 02, 2013 0 comentários
O seu quarto de dormir está vazio, escuro e frio. Do lado da cama está a foto do seu amado.
Não há sequer alguém para dizer bom dia, um boa noite, ou como foi seu dia?
Não há ninguém para preparar um café da manhã, para trazer o jornal ou falar sobre o tempo.
Só há você, o tempo, e a foto do lado da cama.
Não há alguém para pedir como foi o dia de trabalho ou pra pedir se a concordância da frase está certa.
Não há alguém para esquecer o guarda-chuva, ninguém pra tomar banho quente e colocar meia nos pés frios.
O dia está cinza lá fora, e o vento parece que chora, a cortina já não dança mais.
Manhã de inverno para não sair de debaixo das cobertas.
Não há ninguém pra abraçar e aquecer os pés.
Nem sequer o vento quer conversar.
A foto não olha mais, só aquece dentro de quem olha.
Aonde estará nossos velhos sonhos vestindo pijamas listrados?
Onde foi apagado o desejo de que nossos dias tivessem cor?
E o amor, pra onde foi?
E então os dias passam, e aí continua você, em seu quarto vazio, escuro e frio, olhando para a foto do seu amado ao lado da cama.

1 de jun. de 2013

Postado por AnaBaú às sábado, junho 01, 2013 0 comentários
Me sinto como uma pintura que vai perdendo as cores com o tempo. Como se tivesse jogado água antes de secar, a tinta está escorrendo e borrando o que antes foi minha obra de arte.
O pintor original esqueceu-me pendurada no cavalete, não fechou a janela e deixou-me com vontade de voar. Será que ele não sabe que as tintas secam com o vento? Mas que a chuva também pode destruir o que foi feito?
Sinto a chuva escorrendo dentro de mim, tornando as cores todas cinzas. O vento e a chuva desenham rabiscos encima dos traços meus. Quem é que vai olhar para uma velha obra esquecida num canto?
Como uma velha música que nunca saiu do papel, ou a mais linda poesia que não pode ser lida?
Quem me diz que alguém irá abrir as portas e me descobrir aqui nesse canto? E que com delicadeza irá me restaurar? Poderá esse alguém ir devolvendo minhas cores? Consultando meus sonhos para que eu também possa me pintar?
Qual a cor preferida do amor e aonde ele deve ser pintado? Um céu bem azul que aquece o impossível, com flores cheias de perfume. Uma cor que devolva o brilho nos olhos e o calor no coração. Que devolva o olhar. Pra que eu possa então voar, como no dia em que vi o vento passando pela janela.
Qual é a cor preferida do amor? E da vida? Qual é a canção que pode inspirar uma pequena tela esquecida?
Postado por AnaBaú às sábado, junho 01, 2013 0 comentários
Eu não sou mais sua boneca de porcelana, você não vê?
Sufoca-me, aperta-me, prende-me debaixo de suas asas, você não vê?
Preciso de carinho, de cuidado, de abraço, de afago, você não vê?
Toca-me, não sou de vidro. Toca-me, eu posso não quebrar.
Aqui estou eu, com minha folha em branco, desenhando traços que estavam desafinando em mim.
Folha branca, que se pinta de um não-mim. Ou será que isso é o que sou?
Não há calor em mim, e eu fiquei tão longe, tão longe, esquecida num canto cheio de poeira, como uma boneca de porcelana.
Com um vestidinho bonito e um sorriso numa cara pálida. As mãos estão tão longes, olhos se aproximam, mas não tocam, e está tão frio aqui.
Esquecida no escuro e com frio, o toque assusta-me agora.
Preciso e temo.
Agora sou eu que preciso ficar longe, tão longe.
Desejando estar perto, com medo de estar perto.
E assim vou ficando eu,
longe,
tão longe,
cada vez mais longe,
até que desapareça de mim o último fio de vida.

Postado por AnaBaú às sábado, junho 01, 2013 0 comentários
Eu, confusão dentro de mim.

Postado por AnaBaú às sábado, junho 01, 2013 0 comentários
Você tem gosto de torta de maçã com creme amanteigado, seus lábios devem conter o sabor do mais doce mel. Seus olhos são cascatas de algodão doce, azul, azul como o céu ensolarado em tardes de primavera.
Você é tão alto que parece um velho carvalho, alto, altivo, sorrindo, rindo e olhando pra mim.
Eu,pequena flor, que balanço com o sopro do seu corpo.
Encostada no seu tronco, sentindo o seu corpo e querendo alimento.
Podemos casar domingo, quando a primavera encher os campos de cor.
 E então vou me colorir, pra você sonhar.
Doces devem ser seus dedos, longas bisnagas cobertas de açúcar. Faça um caminho pelo meu corpo de pequena flor, para que o beija-flor possa me beijar.Ou então se preferir, me beije você, com seus lábios doces com sabor de maçã.
Eu pequena flor, você grande carvalho.
Um amor com cheiro de manhã de primavera ensolarada.
Basta um pequeno toque de amor. Um carinho, um cúmplice olhar.
Basta que nossos corações se toquem, basta o amor falar.
Então se você quiser, podemos casar domingo.
Meu enorme carvalho, dos lábios sabor maçã.
Postado por AnaBaú às sábado, junho 01, 2013 0 comentários
Então vem pra perto de mim, vem, senta do meu lado, podemos conversar.
Então vem, não precisa nem avisar, é só chegar.
Olhar nos teus olhos, sorrir e tentar agir naturalmente.
Olhar os meus olhos, sorrir e ficar como boba na tua frente.
Me conte então, como foi seu dia?
O que você fez pra comer?
O que você sonhou na noite passada?
Acho que andei passeando pelo seu quarto na noite passada, você estava em meus sonhos, e eu queria tanto ir buscá-lo, para tê-lo só pra mim,  pelo menos até o sol chegar.
Um dia desses a gente pode sair e ficar olhando o sol, sentindo a brisa e apenas nos olhando em silêncio.
Você pensa em mim quando as luzes do seu quarto se apagam?
Sabia que eu penso em ti quando as luzes do meu coração se acendem?
Eu só queria saber o que se passa dentro de ti, porque acho que seus olhos mentem.
Então vem pra perto, senta do meu lado sem avisar, mas vem.

Feito para acabar.

Postado por AnaBaú às sábado, junho 01, 2013 0 comentários
Felice é sognare con te
Speranza é nata
Per questo che
Il cielo é coperto di stelle
Ti guardo, ti voglio
Ti amo.
(Tormento d'amore - Charlotte Church  feat Agnaldo   Rayol)

23 de mai. de 2013

Postado por AnaBaú às quinta-feira, maio 23, 2013 0 comentários
Três velas acessas.
Um triângulo.
Minha Deusa e Grande Mãe.
Suas faces.
Minhas faces.
Transmutação.
Postado por AnaBaú às quinta-feira, maio 23, 2013 0 comentários
Você chegou na minha vida como um anjo iluminado, dissipou as trevas do meu coração e fez todo meu corpo vibrar.
Cada encontro, cada mínimo toque, um singelo olhar era capaz de aquecer esse coração que antes estava tomado pelo frio. O seu riso ecoava como ondas magnéticas de cura por todo meu ser.
Mas e agora aonde você está? O que eu fiz? Porque quase não nos vemos mais?
Meus dias retornaram a ser cinzas, frios e meu coração quase não bate mais. A janela voltou a se fechar, a esperança de te ver passar foi embora com a sua luz.
Volte anjo iluminado, eu preciso da sua luz para viver.

18 de mai. de 2013

Postado por AnaBaú às sábado, maio 18, 2013 0 comentários
Talvez você seja a parte que me falta. Talvez, essa palavra que pode mudar toda uma história.
Você chegou naquele dia, e eu simplesmente abri a porta sem saber que encontraria você do outro lado. Você também sentiu que algo em nós se uniu naquele momento?
Ou então você acredita que foram meras coincidências nós nos encontramos nos mais variados lugares?
O que aconteceu conosco desde que nós nos vimos pela primeira vez?
Você também sente o tempo parar quando nós conversamos?
Se você sente tudo o que eu sinto, porquê naquela noite quando você falou da sua garota ideal, não era de mim que você estava falando?
Ah menino, se você soubesse que todo o seu ser me encanta, que em cada palavra que você diz eu sinto o seu doce coração.
Queria que nessa noite minhas palavras chegassem até você, e que você pudesse então me responder. Diga-me menino, devo continuar amando você?
Postado por AnaBaú às sábado, maio 18, 2013 0 comentários
Parece que você tem medo de me tocar. Eu pareço frágil pra você?
 Pareço que posso quebrar a qualquer movimento mais brusco que você faça?
Quando você me olha sinto a profundidade dos seus olhos em mim, mas porquê seus atos me mostram o contrário?
Estamos eu e você e o tempo simplesmente congelou. Tudo o que eu vejo são seus enormes olhos azuis olhando diretamente dentro de mim. O que você vê quando me olha tão profundamente?
Será que você percebe que meus olhos sorriem para os seus? Que meus lábios não se contém ao sentir uma mínima aproximação sua? 
Quando nossos corpos se tocam, meus centros te sentem. Meu corpo todo vibra, ecoam no meu corpo as mesmas ondas que ecoam no seu? O que acontece quando estamos juntos, você consegue explicar?
E de repente você me olha e apenas sorri, não deixa que nossos olhos se encontrem demoradamente, e então eu penso, o que está acontecendo conosco? Estaríamos nós enganando quem realmente deveríamos ser?
Toca-me demoradamente, é o seu toque que dá forma ao meu ser.

4 de mai. de 2013

2011.

Postado por AnaBaú às sábado, maio 04, 2013 0 comentários
E quando vou pensar sobre mim , logo vem uma vontade de me mascarar. Incorporar outra pessoa , outra parte minha. Passando pesadas camadas de sombra sobre meus olhos para  "embelezar" o que eles vem.Cobrindo meus lábios com batom para tornar as palavras mais coloridas. Vestindo roupas estranhas para não reparar em meu corpo. Mas lá no fundo sei , que tudo o que faço é para adiar, as vezes tenho medo de estar comigo pois corro o risco de contar-me meus desejos secretos.

24 de abr. de 2013

Postado por AnaBaú às quarta-feira, abril 24, 2013 0 comentários
No dia em que os Deuses decidiram que eu existiria devia estar acontecendo algo muito importante e assim acabaram por esquecer de alguma parte importante de mim.
Já fazem anos desde que eu cheguei aqui e ainda busco incessantemente esta parte que me falta. Sei que não está dentro porque já vasculhei-me por todos os cantos, mas aonde estará fora?
Em que parte do mundo estará esse pedaço de mim?
Quando eu irei parar de sangrar?
Aonde está o sentido disso tudo?
Hoje eu só peço uma pista, um sinal, para que eu possa existir.

16 de abr. de 2013

Be real.

Postado por AnaBaú às terça-feira, abril 16, 2013 0 comentários



Esqueça por um instante tudo aquilo que lhe fez mal. Pare. Respire. Pense agora em tudo o que está acontecendo de maravilhoso na sua vida. Pense também naquilo que você quer que aconteça na sua vida. E então agradeça. Agradeça por ter a chance de mudar sua vida mais uma vez. Ria. Contagie as pessoas com palavras boas. Faça outras pessoas rirem. Compartilhe coisas boas que aconteceram. Descubra o que deixa as pessoas felizes. Descubra também o que a deixa feliz e deixe que os outros saibam. Sua vida vai mudar e você vai continuar a agradecer. Essa é a magia. Distribua e ela voltará pra você. Seja feliz! E tudo o que você desejar vai se tornar real.
 

14 de abr. de 2013

Postado por AnaBaú às domingo, abril 14, 2013 0 comentários
                   
                            Eu não sei voo ou  se fico um pouco sentada esperando você chegar.

Gente que fica.

Postado por AnaBaú às domingo, abril 14, 2013 0 comentários
Ficar é tão bom...Permanecer, estar, se fazer presente. Gosto.
Gosto de gente que fica ao lado. Ás vezes em silêncio. Ás vezes com a palavra certa.
Gosto de gente que fica até o fim. Gente que fica e suporta junto.
Gosto de gente que fica e compartilha.
Gosto de gente que fica e envolve. Resolve. Gosto.
Quando quer ir embora, e a gente diz: vai não, fica mais um pouco?...fica vai?? Aí fica. Gosto quando fica.
Gosto também de gente que vai. Ás vezes é hora de ir. É necessário.
Tudo tem seu tempo de durar. Tudo tem seu tempo para acontecer. E até para ficar, tem que ir. Tudo tem seu tempo.
Chegou tempo de ir? Vai!... Gosto de gente que vai. Gosto.
Agora, o que gosto muito é de gente que deixa...

Gosto muito de gente que deixa.
Deixa saudade, deixa vontade, deixa história, deixa lembranças, deixa aprendizado, deixa qualquer coisa boa. Gosto muito de gente que deixa. Muito.
Chego ás vezes a gostar até de gente que deixa raiva, injúria, mentira, cicatriz, porta aberta para bater mais tarde...
Gosto ás vezes até disto.
Gente que deixa algo ruim, deixa o alerta para que não se repita. Gosto, ás vezes, mas gosto.
Agora, não gosto, aliás, não entendo gente que não deixa.
Não deixa história, não deixa saudade, não deixa vontade, não deixa aprendizado, não deixa nada.
Gente simplesmente não existiu... não entendo.
Esteve ali, passou, ocupou o meu espaço, compartilhou meus momentos, teve a oportunidade de se fazer presente, de existir, de fazer história, de deixar alguma coisa...Foi... e não deixou nada. NADA.
Não é nem não gostar. É não entender, não entendo.
Gosto de gente que fica. Gente que vai. Gente que deixa.
Gente que não deixa? Desperdício.

(Autor Desconhecido).

6 de abr. de 2013

Postado por AnaBaú às sábado, abril 06, 2013 0 comentários

I want fly.

22 de mar. de 2013

Postado por AnaBaú às sexta-feira, março 22, 2013 0 comentários
Acho que vou enlouquecer.
Não preciso de você aqui pela primeira vez na minha vida.
Eu não quero falar com você o que aconteceu na semana passada, ou o que tudo isto significa pra mim.
Não estou dizendo que não te amo mais e que você não é importante na minha vida. Eu ainda te amo e sempre vou te amar, mas tem coisas que precisam morrer aqui.
Só espero que você continue aqui e entenda, eu ainda amo você, mas algumas coisas precisam ir.

10 de mar. de 2013

Postado por AnaBaú às domingo, março 10, 2013 0 comentários


O tempo voa, as estações passam e logo as folhas voltam a cair, o cheiro de café começa a se espalhar pelas ruas, o frio lá fora e o calor aqui dentro.
Foram tantas primaveras onde tudo começava a florir, os verões que preenchiam os corações, os outonos de longos passeios pelas folhas e os invernos refletindo sobre a chuva que caía, a exatamente cinco anos eu decidi que iria começar a escrever.
Algo dentro de mim precisava voar por entre linhas de um papel invisível, e desde então comecei a voar, flutuando entre sentimentos e frases, histórias desconexas, paixões intensas, separações que pareciam eternas e uma vida nova florescendo em mim.
Hoje o blog completa 5 anos. Talvez os cinco anos mais lindos da minha vida, anos em que eu me vi crescendo, em que eu fui florescendo, desabrochando em meio a palavras que aliviavam tempestades internas. E hoje eu gostaria de agradecer a você, meu querido amigo, amor, companheiro que está comigo hoje e que esteve comigo desde o início. Obrigada a você que está lendo estas linhas agora. Obrigada por fazerem parte da minha história, e que venham muitos anos mais.
Eu continuo acreditando, Ana.

17 de fev. de 2013

Postado por AnaBaú às domingo, fevereiro 17, 2013 0 comentários


As férias acabaram deixando cheiro de café pela casa. Hora de voltar para a outra casa, para a outra eu.
É chegado o momento de assumir novas identidades, transmutar o que é necessário para poder seguir. Peço aos Deuses que me iluminem e me guiem pelo caminho.
Desejo que eu aprenda o que seja necessário neste semestre, que eu possa ser cada dia mais fiel a mim mesma, que eu possa ser fiel ao que eu acredito e que a cada dia eu possa dar um passo a mais em direção à minha verdadeira casa.
Querida mãe, sei que me esperas na soleira da porta. Sei que me acompanhas pelo caminho. Há flores e frutos por toda a estrada, eu posso ouvir o vento cantando e eu sei que continuas a me abençoar porque este foi o caminho que eu escolhi.
E que assim seja.

13 de fev. de 2013

Postado por AnaBaú às quarta-feira, fevereiro 13, 2013 0 comentários
Mãe!
Ouça-me! Quero ir para casa.
Mãe, não me olhe com estes olhos sorridentes dizendo que eu ainda tenho muito que aprender.
Quero ir para casa mãe e não quero mais voltar.
Dê-me algum trabalho, capinar as gramas se for necessário, mas deixa-me partir.
Quero ir para junto de ti.
Sei que sou ingrata por rejeitar tudo o que conquistei até aqui.
Mas mãe, deixa-me ao menos estar um instante junto de ti. Quero novamente sentir teu calor a me aquecer, quero sentir teu leite a me alimentar novamente, olhar teus olhos doces e ouvir o som suave de sua voz a me contar histórias.
Quero ouvir novamente a história da roda do ano, a luta entre o rei do carvalho e o rei do azevinho.  Quero ter lembranças das festas da colheita, quero dançar em torno da fogueira e sentir a lua sobre o meu coração.
Não negue meu pedido mãe.
Pegue minha mão e me leve para passear.
Eu sei que me ensinas-te que a vida é bela, mas por mais que os anos passem, me sinto só. E se essa falta que sinto, seja saudade tua? Só um abraço teu poderá me curar.
E se não for?
Bem mãe, então já não sei o que fazer para preenchê-lo, não é fome, não é sede, não é sono.
É falta, saudade tua.
Me leve para junto de ti.
Cura-me mãe.
Já não consigo seguir com este vazio.
Postado por AnaBaú às quarta-feira, fevereiro 13, 2013 0 comentários
Você revira meu coração e a minha alma.
Você sabe que eu odeio quando você some depois das nossas brigas.
Você sabe o quanto isso me faz sofrer.
Você vive em mim, isto é certo. Mas isso não te livra do fato de que as coisas interiores também podem morrer.
E se em um dia desses você se for, e não mais voltar?
Não se trata de dizer boa noite e te encontrar na manhã seguinte do lado da minha cama.
Se trata de não dizer boa noite e não haver ninguém do lado da cama na manhã seguinte.
Existe algo que faria você ficar pra sempre?
Nossas juras são suficientes para isso?
Eu te amo, você me ama, disso eu sei.
Mas nosso passado me impede de ficar segura a cada sumiço seu.
Toda vez é a mesma sensação, a sensação de que você vai e nunca mais volta.
Lembra?
Você me prometeu que iria embora e não voltaria.
Você prometeu que jamais iria embora e me deixaria.
Não sei o que futuro nos reserva, mas de qualquer maneira, eu quero que você continue aqui.

12 de fev. de 2013

Postado por AnaBaú às terça-feira, fevereiro 12, 2013 0 comentários
Eu chego em casa depois de um longo dia. Acendo as luzes, vou deixando as roupas pelo chão. Abro a geladeira, pego uma maçã e penso no que quero fazer para a janta. Mordo a maçã e me olho no espelho. Bem, pelo menos a maçã não é envenenada. Sei que meu príncipe não virá, mas mesmo assim o jantar é para dois.
Arrumo a mesa.
- Hoje teremos vinho.
Situações especiais pedem bebidas igualmente especiais.
Coloco um velho bolero para tocar ao fundo, me sinto naqueles velhos restaurantes que não costumávamos ir. Procuro algo especial para preparar, uma mistura aleatórias em uma panela, o suficiente para aquecer o coração.
Prendo o cabelo e coloco aquele vestido que comprei, mas que nunca tive coragem de usar.
Novamente me olho no espelho e sorrio.
- Como você está linda, querida.
Apresso-me nos preparativos, minha companhia está prestes a chegar. Quero que encontre tudo em perfeita ordem, para que assim deseje voltar.
Lembro-me das velas que estavam esquecidas no armário, espalho algumas pela mesa e sinto seu doce aroma se espalhando pela casa.
Meu ilustre convidado enfim chegou, a comida está pronta e nós estamos a sós na mesa. Olhamo-nos profundamente nos olhos, há um sorriso malicioso em meus lábios e eu delicadamente levo a taça de vinho aos meus lábios. É impossível não sentir o doce aroma do vinho adentrando minhas entranhas e inevitável sorrir, e então em um gesto simples ali estou novamente eu, brindando com minha solidão.


Postado por AnaBaú às terça-feira, fevereiro 12, 2013 0 comentários

A princesinha está dançando em seu castelo
o príncipe deve estar lá fora em qualquer lugar
os corações podem se sentir
não há bruxas, nem feitiços
há apenas o meu amor

Eu danço formando espirais
meu corpo espiralado como a Deusa
eu estou me transformando na chuva
molhando os campos que irão brotar

as flores são pra você amor
independente de onde você estiver
quando nós nos encontrarmos
você vai saber
que toda as flores do caminho
foram eu que plantei pra você

eu estou dançando sozinha
num castelo de vidro
mas ninguém pode me ver
você é o único amor que pode me salvar
siga o caminho das flores amor

Continuo dançando, amor
formando espirais para a grande mãe
pedindo que a chuva proteja você
porque no final meu amor
você descobrirá
que as flores sou eu.

Eu sou o único caminho que te leva até mim.

11 de fev. de 2013

Postado por AnaBaú às segunda-feira, fevereiro 11, 2013 0 comentários
Quando agente briga, tenho a sensação de que você irá embora, de que jogará no lixo estes seis anos de convivência.
Tenho vontade de deixar-te ir, de desapegar-me, mas dois segundos depois ainda quero que permaneças para sempre em minha vida.
Porquê parece que se você for não haverá ninguém em seu lugar?
Porque não há no mundo alguém como você.
Fique, vamos tomar um café, e ouvir o vento. Não precisa falar sequer uma palavra, mas preciso olhar pro lado e saber que você continua aqui, para então seguir.

Postado por AnaBaú às segunda-feira, fevereiro 11, 2013 0 comentários


Quantas vezes você permaneceu em um relacionamento, achando que, se fosse embora, a outra pessoa não
agüentaria? Ou que você não agüentaria sem a outra pessoa?
Postado por AnaBaú às segunda-feira, fevereiro 11, 2013 0 comentários
Noite de chuva, e olhos verdes do outro lado da tela.
Não sei seu nome, apenas veja um amontoado de letras que nada me dizem.
Você sorri e nem imagina que do outro lado da tela milhões de desconhecidos devoram-te com os olhos.
Me diga doce menina, qual é o preço que se paga para carregar duas belas esmeraldas nos olhos?
De que adianta tanta riqueza, se teu sorriso é triste?
Quando olho teus olhos, meu coração aperta. Há algo em ti que toca algo que é meu, algo que nos falta.
Gostaria de sentir em ti rios pulsantes, mais do que os rios de mel que mostra a quem queira ver.
Sei que não pode me ouvir e muito menos me ver. Mas feche os olhos durante esta noite, e imagine a chuva caindo sobre seu corpo.
Mostre-me que ainda há vestígios de vida nesses olhos, que por um instante me roubaram a cor.
Postado por AnaBaú às segunda-feira, fevereiro 11, 2013 0 comentários



E quem será essa menina, que quando me olha, leva com ela pedaços de mim?

5 de fev. de 2013

Postado por AnaBaú às terça-feira, fevereiro 05, 2013 0 comentários
Uma brisa quente invade a Terra nos dias de verão, cada toque é como uma brasa no peito. Há uma voz rouca cantando com o balançar do vento, há ouvidos mudos tentando decifrar quão bela é a melodia que se ouve.
Há um sonho e há você e eu. Olhares, sorrisos, um silêncio profundo de almas que só precisam se olhar.
O amor é lindo em dias de verão, é fresco como as manhãs de outono, é frio como o inverno que aproxima e floresce como os primeiros dias da primavera. As guerras não o tornam repugnante, é preciso lutar pelos nossos desejos, e porque não brigar com quem queremos cada vez mais perto?
Porque eu sei que o paraíso existe cada vez que você olha pra mim, o seu sorriso é música para meus ouvidos e os seus braços são o lugar aonde eu quero estar. Quero me balançar em seus braços como uma rede na sombra de uma bela palmeira na beira do mar. Quero sentir seu gosto na minha boca como fruta madura. Quero agasalhar meu corpo com o seu. Deixe-me sentir todo esse amor fluindo pelos meus dedos e chegando ao seu coração. Porquê meu amor, não importa a estação do ano, o lugar em que estejamos, o nosso amor flui, independente do que desejamos sentir, o nosso amor sempre está lá.

4 de fev. de 2013

Postado por AnaBaú às segunda-feira, fevereiro 04, 2013 0 comentários

Tudo que você precisa é sentir o meu amor.
Procure pela beleza, encontre seu litoral.
Tente salvar todos eles, sem sangrar mais.
Você tem oceanos em seu interior.
No final, eu sempre vou te amar.
(The poet and the pendullum - Nightwish)

22 de jan. de 2013

Postado por AnaBaú às terça-feira, janeiro 22, 2013 0 comentários
Parece que por um instante eu deixei de ouvir a voz do meu coração. Um momento que se transformou em uma nuvem escura e que me obrigou a voltar.
Eu agradeço coração, por me lembrar todas as vezes que tudo vem ao seu tempo e que você estará aqui.
Durante a escuridão, fechei os olhos e pude me ouvir melhor.
Cada batida do meu coração, cada respiração.
E alguém me disse que as coisas chegarão no tempo certo, então eu não preciso me preocupar.
Eu acredito e respiro outra vez.

21 de jan. de 2013

Postado por AnaBaú às segunda-feira, janeiro 21, 2013 0 comentários
Eu cresci, mas ainda sou uma menininha assustada que precisa de colo.
A vida está me pedindo apenas que eu tenha mais coragem, que eu arrisque, mas eu estou com medo.
Tudo o que eu preciso fazer é me permitir, deixar que a vida toque o mais profundo do meu ser e me leve para os caminhos da minha existência.
Mas e se não houver ninguém para segurar minha mão lá? Alguém pra olhar e dizer que eu estou bem?
Alguém sempre me diz que estar no casulo se tornou algo confortável e estou quentinha aonde estou, mas e se eu não tiver ferramentas suficientes para lidar com os meus desafios.
Apenas não sei porque essas linhas estão correndo, mas espero que isso acalma esse coração que reclama.
Você consegue me entender?

Postado por AnaBaú às segunda-feira, janeiro 21, 2013 0 comentários
Tenho me sentido estranha nos últimos dias, não sei o que acontece, mas sinto que algo em mim se perdeu.
Eu olho para minha vida e vejo o quanto sou uma pessoa abençoada. 
Tenho uma família maravilhosa, amigos, irmãos e companheiros de jornada. Essas pessoas são tudo o que pedi a Deus.
Mas falta alguém, falta alguém para estar ao meu lado. Alguém pra segurar minha mão quando eu estiver com medo. Alguém que eu possa amar e que eu possa ser amada de volta. Alguém pra me aquecer nas noites de inverno. Alguém pra esperar com a comida pronta. Alguém pra surpreender. Alguém pra criar e viver.
Eu sinto amor vindo de todas as minhas relações, eu sou grata por todas as pessoas que eu tenho ao meu lado sempre. Mas o coração está reclamando, ele está apertado e quer alguém que veja através dos olhos.


17 de jan. de 2013

Postado por AnaBaú às quinta-feira, janeiro 17, 2013 0 comentários
Você é um tesouro na minha vida, minha pedra ametista, meu cristal protetor.
Você é um sonho de verão em noites de inverno. A grama macia que toca suavemente meus pés.
Você é a montanha que me protege dos ventos fortes.
A água que mata minha sede e rega minha dor.
O vento que tudo ouve e a brisa que acalma meu coração.
Você é meu presente, meu sonho.
E como eu poderia agradecer por ter você em minha vida?
As pessoas não entendem como você pode ser tão vital para mim, mas não somos questões de entender, só de sorrir e sentir.
Nossos olhos raramente se cruzam, nossos braços quase não se tocam, mas estamos sempre juntos. Sempre olhando um ao outro, sempre sorrindo e andando juntos.
Eu sou a sua menina, a criança que corre atrás do seu irmão mais velho quando ele vai para a escola.
A menina que fica esperando no portão até o irmão voltar.
Você é meu melhor amigo, meu irmão, meu companheiro.
Só você desvenda meus segredos sem que eu precise falar.
E de uma coisa eu tenho certeza, os anos passarão, sim os anos passarão lindamente e nós seguiremos construindo a nossa história e eu ainda não terei palavras suficientes para agradecer a sua presença na minha vida.
Eu te amo, eu te sinto.
Obrigada por sempre estar aqui, ao meu lado.

14 de jan. de 2013

Postado por AnaBaú às segunda-feira, janeiro 14, 2013 0 comentários
Você chegou até mim como uma folha que cai suave com a brisa.
Talvez eu ainda não pudesse ouvir seus passos, mas seu chamado tocou meu coração.
Eu era jovem, mas não destemida.
Assustei-me com tanto amor.
Fechei meus ouvidos para o seu chamado, ignorei-te por alguns anos, mas no meu íntimo eu sabia que continuavas comigo.
Meus caminhos me levaram novamente a ti e desta vez eu estava pronta para ouvir teu chamado e queria sentir meu coração vibrando na sua frequência.
Tenho dito todos os dias, por mais que eu agradeça todos os dias da minha vida pelo teu chamado ainda me faltarão palavras para agradecer.
Você tocou meu coração e ele voltou a bater.
Depois daquele dia os caminhos floriram na minha frente, e eu pude ver-te comigo durante os caminhos sombrios.
Durante as noites me pergunto se mereço tanto amor e as respostas já não me importam, porque meu coração voltou para aonde sempre deveria ter estado.
Hoje eu apenas desejo que amor continue guiando nossos caminhos, mesmo que não saibamos.
Blessed Be.

7 de jan. de 2013

Postado por AnaBaú às segunda-feira, janeiro 07, 2013 0 comentários

Até quando respiro sei que estás comigo, tu és o ar que purifica meus pulmões.
És também água  da chuva sob meus pés. Água da chuva sagrada que purifica minha mente.
Tu és o fogo que aquece meu alimento, és o calor interno que aquece meu corpo.
És também a terra que garante meu sustento, e és meu único sustento.
Sem ti não existiria vida, sem ti não haveriam olhos para admirar a beleza da Criação.
Em silêncio ouço sua voz falar ao meu coração.
Nesta noite chuvosa eu apenas agradeço, pois meu coração de enche de luz por saber que você sempre estará aqui.
E que assim seja, e assim se faça.

2 de jan. de 2013

Postado por AnaBaú às quarta-feira, janeiro 02, 2013 1 comentários
Gostaria de entender porquê as vezes a sua presença se torna insuportável, o simples fato de pensar em ti já faz com que eu queira jogá-la para longe de mim.
O que acontece conosco?
Suas atitudes se tornam cada dia mais insuportáveis diante dos meus olhos, e sua estagnação me causa raiva. Gostaria de balançar-te para que talvez você se desse conta de que é preciso mudar.
O que este ano nos reserva?
Não quero que penses que não te amo e que não significas nada para mim, mas cada dia estar ao seu lado é uma grande prova de auto-controle. Não quero afastar-te, não quero afastar-me, mas se as suas coisas continuarem me fazendo mal como estão, não terei outra escolha senão afastar-te.
Já falamos sobre isso e penso que não deste a importância necessária para as minhas palavras. Não quero que duvides de meus sentimentos, te amo, você é importante para mim, mas continuar assim é como andar com uma pedra aos meus calcanhares.
Desejo que algo lhe toque, que você desperte para quem és, mesmo que isso não signifique que continuaremos juntas. Quero você bem, e se vou é porque eu também preciso estar bem.
Nos vemos.
 

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