29 de dez. de 2013

Postado por AnaBaú às domingo, dezembro 29, 2013
Estou perdendo minha sanidade mental.
Não sei se meus sentidos estão ficando amortecidos, ou se estão aflorando. Só sei que sinto asfixiada.
Os filmes que vejo na tentativa de escapar daqui, só me lembram de que a vida nunca será um filme.
Há uma trilha sonora tocando nesse momento, e eu gostaria que alguém aparecesse para protagonizar alguma cena comigo.
Sinto-me presa, como um passarinho que escolheu voltar para a sua gaiola.
Há um mundo inteiro lá fora, mas ele escolheu o aconchego das suas grades.
As asas aos poucos vão se tornando incômodas, e o dono às apara para que não voe.
Não há sentido para a existência aqui, apenas um amortecimento de toda a vida que tenho dentro.
O que eu posso fazer com toda essa intensidade que carrego comigo?
Tenho certeza que explodirei se não a libertar.
E logo serão apenas penas flutuando pelo ar, sem dono.
Sinto que meu tempo aqui já deu.
Partirei sem nada. As bagagens se tornariam pesos desnecessários que impossibilitariam o meu voo.
Vou com o vento. Sei que este vento que está soprando na minha cara agora, é o mesmo vento que vai me levar além.
Apenas fecharei os olhos e me soltarei na certeza que sou guiada pelo invisível.
Meus pulmões estarão cheio de ar e de vida.
E eu voaria livre para aonde eu quiser.
Paradas serão necessárias eu sei. Olhos amigos que confortam depois de uma longa viagem. Uma água quente para os pés. E o amor para reabastecer o coração.
Está chegando a hora de ir, mas ninguém sabe. Quando todos se derem conta, eu já terei ido, numa viagem sem data de retorno, aonde estarei apenas eu, em busca de mim.

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