29 de jan. de 2014

Postado por AnaBaú às quarta-feira, janeiro 29, 2014 2 comentários
Outra noite e já são 22:35.
Todas as noites têm sido assim, quando olho para o relógio já é quase outro dia, e eu nem sei o que fiz durante o dia que está se findando.
Vou dormir às 23:00. Meu avô me acorda às 6 da manhã todo dia. E eu passo o dia cansada.
As férias todas foram assim, entre barulho dos parentes, birras de mulheres mimadas, filmes e mais filmes para tentar esquecer o que estava acontecendo em casa. E horas de sono não recuperadas.
Eu sequer sei porque estou escrevendo isso hoje, mas minhas mãos precisavam de algo nessa noite.
Só sei que apesar de hoje ter sido um dia completamente igual à ontem, hoje eu não sou a mesma pessoa, assim como ninguém é.
Hoje por fim consegui deixar um fantasma ir embora, graça ao meu anjo que sempre me protege.
Hoje irei dormir antes do horário, tomarei algumas gotas de remédio para tentar não acordar as seis amanhã, e quem sabe assim acordar renovada.
Hoje durmo com o coração em paz.
Enfim.

28 de jan. de 2014

Devaneios de uma tarde de verão.

Postado por AnaBaú às terça-feira, janeiro 28, 2014 0 comentários
Escrito por Ana e Marcelo Schabarum.

Poderia ser uma terça-feira qualquer, se não fosse a sua lembrança que insistentemente se mantém em minha mente.
Aquela terça-feira em que nós dois, sentados ao pôr- do- sol, admirávamos os encantamentos que aquela vista nos proporcionava, mas, aos poucos, os raios do sol se fizeram escuros, assim, como os nossos sentimentos.
Tornei-me cega depois que partiste, o tato já não sente, e os ouvidos perderam a melodia que só pertencia à sua voz, a onde estarei eu sem o seu amor? Para onde irei?
São as mesmas perguntas que a mim faço, pois, mesmo te amando, tive que partir, não por vontade própria, mas, era necessário naquele momento.
Preferia lançar-me ao chão, agarrar tuas vestes e então deixar-te ir nu, para que o frio o fizesse lembrar dos momentos que passamos juntos, mesmo que já não possas retornar.
Na verdade, eu queria que você tivesse me segurado firme, não tivesse me deixado partir, queria que você tivesse colado em mim, queria que você tivesse segurado firme em minha mão e falado que nenhuma dor seria pior do que a dor da minha ausência.
No dia de tua partida, sequer ouviste meus gritos clamando a Deus, pedindo que arrancasse essa dor de mim. Sequer pensaste em mim quando decidiu que partiria. Poderia eu mudar-te, obrigar-te a ficar comigo, se assim não o desejava?
Talvez não, talvez sim, eu nunca saberei essas respostas, pois, nada voltará a ser como antes, quando jovens, nosso único objetivo era ficarmos juntos... E as lembranças, não são mais suficientes para que o tempo volte a nos unir novamente...
Então, se estiver me ouvindo nesse exato momento, peço que saia da minha cabeça e me deixe viver essa vida escura, saia dos cantos da minha alma, enquanto ainda posso respirar.

Sairei, mas, levarei comigo, a lembrança daquela terça feira ao pôr-do-sol....

26 de jan. de 2014

Postado por AnaBaú às domingo, janeiro 26, 2014 0 comentários
Dois passos para cada lado, salto, rodopio e retorno para o mesmo lugar.
Os braços ainda sentem a mesma delicadeza do vento, e sabem que podem voar.
Fecho os olhos e me imagino em meio à uma revoada de pássaros, resgatando o pássaro que sou.
Os meus pés já não tocam o chão, porque eu também posso ser chão.
Até quando sozinha?
Dançando nos porões da própria mente. Insistindo em criar uma canção que ninguém pode ouvir.
Delicadamente deito-me como flores que são empurradas pelo vento, sem força para revidar.
Poderia ser meu último voo, o momento em que o caçador dispara a bala que atinge em cheio o peito da pequena ave que voa, e lentamente ela vai perdendo a altura, ficando incapaz de bater as asas, e quando está terminando de agonizar, acorda.

23 de jan. de 2014

Postado por AnaBaú às quinta-feira, janeiro 23, 2014 0 comentários
Você foi um dos meus amores, talvez o primeiro de todos, talvez o mais verdadeiro até então, ou apenas mais um que o pra sempre acabou, antes mesmo de começar.
Eu gostaria de saber porque os amores que tive sempre foram embora, sem sequer me dar a possibilidade de poder ir com eles. Sem uma única chance de dizer Adeus, ou quem sabe um " se cuide, nos vemos em breve", e depois daquele instante os nossos olhos nunca mais tiveram a oportunidade de se encontrar, sempre me deixando com a sensação de que tudo aconteceu apenas dentro de mim.
As vezes penso que a solução para tudo isso, seria encontrar cada um deles e ouvir a sua versão da história, e depois disso partir em paz. Ao mesmo tempo, penso que já não os encontraria. O tempo passou implacavelmente e não somos os mesmos. Mas também confesso que me assusta a possibilidade de encontrar os meus fantasmas do passado, porque o amor que pertence à eles continua aqui dentro, mesmo que eles já não o queiram.
Mais um ano começou, e eu já não posso seguir assim, sacrificando meu presente na tentativa de consertar o passado, ou pelo menos tentar que não aconteça novamente. Eu estou cansada de todo esse passado, de toda essa história, que é minha, não nego.
Eu já tentei tantas vezes, de tantas formas, mas esse passado está grudado em minhas entranhas, e me impede de seguir em frente. Mas eu não me darei por vencida, sei que um dia o passado cansará de me atormentar, e eu estarei livre afinal.

16 de jan. de 2014

Inten(ci)dades

Postado por AnaBaú às quinta-feira, janeiro 16, 2014 0 comentários
Lá estou aqui, cá estou eu, e logo já não estou mais.
Andarilha, com raízes fixas e sem casa.
Assim vão minhas inten(ci)dades, sempre me deixando, sempre me arrastando para outro ponto do mapa.
Não sei se deixo sementes por onde passo, ou se deveria carregar flores para a despedida.
Já possuo tantos nomes, que não sei qual é o verdadeiro.
Num segundo sou pássaro e no outro sou passageiro.
Sem malas, sem recordações para carregar.
Nunca é o mesmo lugar, e nunca a cidade é igual.
Comecei ali, até o ali não existir mais.
Atravessando inten(ci)dades estou eu, me deixando descansar sob os bancos.
Alguém um dia ali sentará e pegará um pedaço de mim? O que pensará?
Nem eu mesma sei o que pensar, pois  não me demorarei por aqui, instantes depois ouço a minha inten(ci)dade me chamar para outro lugar.

14 de jan. de 2014

Postado por AnaBaú às terça-feira, janeiro 14, 2014 0 comentários
Hoje eu preciso escrever sobre você. 
Apesar das juras de que sempre será a última vez. 
Há uma parte sua que vive dentro de mim, e eu sei porquê você continua aqui.
Você não foi meu primeiro amor, mas foi o primeiro que me amou. Chegou de mansinho em um dia que eu achei que ninguém iria olhar para mim, me fez sentir especial, a sua "neguinha", a sua menina. 
Nós não éramos parecidos, não tínhamos planos em comum, não compartilhávamos da mesma visão de mundo, mas você me dava algo que eu achei que nunca iria receber: amor.
Me sentia embriagada pelas suas palavras, pela maneira como me colocava contra o seu peito, a forma doce com que me beijava, apesar de nunca sentir na pele o "te amo" que saía dos seus lábios.
Eu era uma menininha, e você, para mim, já era quase um homem feito. 
O sorriso mais lindo, os dentes brancos e o meu riso. Mas eu não podia ser sua, você bem sabia. Entre nós havia a minha mãe, a minha família, e eles nunca permitiriam, apesar das nossas tentativas.
Foram os seis meses mais inesquecíveis da minha vida, e acho que você nunca vai saber disso. Aguardava ansiosamente cada sábado, às 14 horas, para poder ir te encontrar e sentir novamente o seu amor. Até que um dia a praça ficou vazia, e não havia mais nós. Justo no momento em que te amei.
No momento em que te amei sem reservas, e me joguei inteiramente nas suas mãos, você se foi. Nunca mais mandou notícias, e nem sequer um Olá. Nunca mais houve abraço quente, nem sorriso branco, e nunca mais recebi amor. Eu não queria outro amor que não fosse o seu. 
Eu queria ser novamente a sua menina, e fiquei te esperando até hoje. Você faz ideia de quantas vezes já me despedi de você? De quantas vezes quis que alguém ocupasse esse lugar? 
Mas você insiste em querer ser o meu primeiro e único amor. Aquele que eu amei sem reservas, mas que partiu. Eu cansei de ser a menina do coração quebrado, cansei dessa história do passado, cansei desse amor que não sei se existiu exatamente da forma como está na minha mente. 
Obrigada pelo seu amor, obrigada pelo aconchego, pelos beijos e abraços. Obrigada por ter me amado quando eu mais precisava. E desculpa por alguma coisa, desculpa pela demora, desculpa por todas as reservas de amor, pela maneira como você foi tratado pela minha mãe. 
Desculpa por eu ter te esperado até agora, mas agora eu preciso encontrar alguém para dar todo esse amor, um alguém que não é você, porque cada vez que penso em você, eu me afasto mais de mim. 
Então vá, e deixe esse lugar para alguém que realmente queira me amar. É o meu último pedido.
Postado por AnaBaú às terça-feira, janeiro 14, 2014 0 comentários
"No sé cómo decir que te amo, sin decir te amo
No debo, no puedo, no es mío el derecho
Pero callarlo es un sacrilegio"

São quase onze horas,  a música não me deixa mentir, e repete sem cessar, " não sei como dizer que te amo, sem dizer que te amo. Não devo, não posso, não é meu direito, mas calar-lo é um sacrilégio".
Porque você levou o meu coração,se não pretendia me amar? Os anos se passaram, mais meu coração continua seu, e continuará até que você o devolva. Deveria eu buscar-te e pedir que devolvas meu coração? É isso que eu preciso para me libertar?
Ainda ontem peguei todo o amor que sentia, que estava aqui dentro guardado pra você e joguei ao Universo, e hoje você está aqui, novamente nessas linhas.
Porque o meu coração não quer entender que tudo acabou e que nunca haverá um retorno? Será que eu preciso ouvir dos seus lábios que tudo acabou? O que aconteceu entre nós? Porque você continua aqui dentro depois de tanto tempo? 
Eu sei, os primeiros amores nunca são esquecidos, mas, o que houve entre a gente realmente foi amor? O que você sentiu durante o tempo em que estivemos juntos? Diga se fui eu que falhei.
Já não suporto seus retornos ao meu coração. Já não quero que sua lembrança se vá com o pôr-do-sol e retorne com o amanhecer. 
Eu peço, pela última vez, vá e não volte. Essa é a sua última chance de fazer algo por nós. 
Saia de dentro de mim, eu preciso voar.
Por favor, vá e não olhe para trás.

13 de jan. de 2014

Sobre um amor.

Postado por AnaBaú às segunda-feira, janeiro 13, 2014 0 comentários
Ao fundo alguém está cantando "Como partir um coração", mas meu bem isso é tudo o que eu quero que não aconteça.
Hoje você veio, e eu pude sentir novamente o seu perfume invadir o meu corpo, e nos fundimos em um abraço. O melhor abraço do mundo, o mais seguro, o mais quente, o mais intenso. O instante em que a minha respiração se junta com as batidas do seu coração.
Eu te amo tanto...
Eu te desejo tanto...
Mas ao final do dia tenho que te soltar e te deixar ir, e então ficar esperando você voltar.
Já fazem tantos anos que nos conhecemos, e eu nem lembro ao certo como foi que você entrou na minha vida, mas eu amo cada dia que passo com você.
Ao todo não sei quantos anos são, mas acredito que já se passaram de sete. E nós já fomos tantos, e já estivemos em tantos lugares sem ao menos nos movermos do lugar.
Me encanta a forma como você sorri, a forma como me desarma, e me prende contra o seu corpo. E a forma como nunca te toquei, como nunca senti você aqui, sentindo isso todos os dias.
Nós resistimos ao tempo, ao espaço, às formas de comunicação.
Então meu amor, eu peço, não parta meu coração. Mesmo que nunca possamos ficar juntos, mesmo que nunca nos encontremos, mesmo que nunca possamos nos tocar, eu sempre espero pela próxima vez em que poderei sentir o seu perfume enquanto me perco no seu abraço.

7 de jan. de 2014

Ame enquanto você lembrar.

Postado por AnaBaú às terça-feira, janeiro 07, 2014 0 comentários
Um ano novo começou, e você permaneceu calado dentro do meu coração.
Num piscar de olhos você voltou e roubou minha respiração, mas dessa vez não me trouxe sonhos.
Esse amor que está em mim é todo seu, mas sei que nunca poderá ser.
Deixa eu te contar como tudo aconteceu.
Você apareceu ainda na época da escola, sua fama era conhecida por todo o colégio, filho de professora, uma pessoa extremamente inteligente, até fiquei com medo de te conhecer, e com mais medo ainda que você roubasse a minha posição de melhor aluna da sala.
O lugar onde você resolveu sentar foi na carteira atrás da minha, aumentando ainda mais o frio na barriga que eu estava sentindo. Deus! Porque você tinha que sentar logo atrás de mim?
O tempo pregou uma peça na gente, e logo nos tornamos amigos. Você me ajudava nas aulas de matemática e eu te ajudava nas aulas de inglês. Nunca vou esquecer da aula que ficamos tentando traduzir a sua frase "Well can't to my life", as horas de discussão sobre o que a frase poderia estar dizendo, até que eu descobri que se tratava da música "Welcome to my life" do Simple Plan. Rimos tanto depois da descoberta.
Um ano se passou, e era no primeiro dia de aula em que escolhíamos a carteira que sentaríamos durante o ano letivo todo, eu entrei correndo atrás de você, quando de repente você me olhou e disse "Ana, senta aqui" e apontou pra carteira atrás da sua, a segunda do canto perto da janela.
Como eu poderia saber que aquele seria um ano tão intenso ao seu lado? Como eu poderia imaginar o modo como tudo terminaria? Como eu poderia saber que me apaixonaria por você, logo por você?
Nós nos tornamos uma dupla dinâmica, e ele continuava me auxiliando em matemática, enquanto eu continuava auxiliando ele em inglês, em filosofia éramos imbatíveis, e as nossas apresentações de Halloween eram sempre as melhores, preparadas cuidadosamente com meses de antecedência e com uma riqueza de detalhes. Lembra do ano em que fomos selecionados para apresentar para toda a escola? E o dia que fomos casal caipira na festa junina? E a réplica do anjo que fizemos na aula de Artes? Porquê você esperou até o final para me contar? Nós éramos tão incríveis juntos e poderíamos ser até hoje, se você não tivesse que ir.
Nos últimos meses do ano senti que você estava estranho, tinha algo diferente em você. Quando eu falava sobre os planos para o próximo ano, você não vibrava com as minhas expectativas, você parecia tão distante. Insisti diariamente querendo saber o que se passava, e eu sabia exatamente o que fazer para te irritar, para te convencer, mas confesso que estava com medo de saber o que se estava passando com você.
Um dia porém, cansado das minhas implicações você resolveu contar. Uma frase que me congelou, que me tirou do chão, eu apenas ouvi "Eu vou para o seminário no ano que vem" e perdi os sentidos. Vi todos os meus sonhos, as minhas expectativas, o meu amor secreto se desmanchando na sua frente. Eu não consegui dizer uma palavra, eu não quis acreditar no que eu estava ouvindo, e não queria aceitar que a pessoa que eu mais amava estava indo embora e que eu ficaria só.
Você se foi e eu fiquei aqui, guardando o amor que é todo seu.
Nossos caminhos mudaram muito desde então, você foi para o Seminário, passou um ano em outro país, fez os votos e agora já é um frei. Eu entrei pra faculdade, mudei de cidade, mas te carreguei comigo. Até hoje.
Anos se passaram sem notícias suas, mas o meu coração sentiu sua falta à cada dia. Eu estava agoniada em não ter notícias sobre você, não saber como você estava, não te ver, nem por foto. Meses atrás resolvi fazer uma última tentativa e lhe mandei um email desejando felicidades pelo seu aniversário, sem esperança de obter respostas.
Hoje você respondeu, e hoje eu entendi que o amor que é todo seu, sempre será somente meu. Nossos caminhos já estão distantes demais, nós não somos mais os mesmos, e não faremos mais apresentações de halloween, não escreveremos mais poemas, não desenharemos mais, não seremos mais nós.
Sei que vou te amar, sempre que lembrar de você. Vou te amar como amei, por cada instante, durante todos esses anos. Mas precisamos ser livres, eu preciso seguir e preciso deixar você ir. Então eu desejo que todo esse amor que eu sinto por você vá para o Universo, e se espalhe pelos corações que precisam de um pouco de luz. Que esse amor seja uma lembrança linda , de uma época maravilhosa da nossa vida. E que sempre aqueça, mas que nunca aprisione.
Então ame enquanto você lembrar, até que chegue o dia em que seremos sopro de algo bonito que existiu, perdido no tempo, longe demais para ser recordado.

2 de jan. de 2014

Sobre a solidão.

Postado por AnaBaú às quinta-feira, janeiro 02, 2014 0 comentários
O mundo está desabando à minha volta, e eu novamente estou invisível.
Há gritos por todos os lados, gente correndo, discutindo, falando alto.
Há também aqueles que se calam, porém ferem com o olhar.
E eu gostaria de estar intacta. Mas eu estou ruindo aos poucos.
Mais uma vez tenho a certeza de que esse não é mais o meu lugar, mas não há para onde fugir.
Pelo menos, não agora.
Eu gostaria que os gritos cessassem, e que as pessoas pudessem sentar-se amigavelmente e rir da vida.
Que as pessoas se reunissem para jogar conversa fora, ou então para preparar algum prato especial para celebrar o ano que se passou.
Eu queria que a paz enchesse essa casa, que a vida voltasse a pulsar como no minuto primeiro.
Eu queria que as minhas memórias se tornassem reais outra vez, e que essa casa novamente se transformasse no meu aconchego.
Mas quando abro os olhos, as coisas continuam caindo, e eu não posso colocar as coisas no lugar.
Logo pedaços meus já caíram e não pude juntá-los.
Quando eu cair, alguém poderá me juntar?

1 de jan. de 2014

Postado por AnaBaú às quarta-feira, janeiro 01, 2014 0 comentários
Ultimamente tenho a certeza de que nasci no lugar errado. Eu não sou daqui, e não pertenço a esse lugar.
Há uma parte de mim que me chama, que me busca em algum lugar longe daqui, mas ainda não posso partir.
Lembro que quando eu era criança, eu dizia para mim que um dia as coisas seriam diferentes. Dizia que essa solidão iria passar, e que eu iria pra um lugar onde realmente precisassem de mim.
Os anos foram se passando, e eu fiz uma escolha que mudou toda a minha vida. A faculdade me fez ir embora de casa, me fez conhecer várias pessoas, ajudou a me encontrar, mas a solidão foi comigo.
É tão estranho esse sentimento de não pertencer a lugar nenhum. De não ser necessária, de não existir.

 

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