31 de jul. de 2013

Postado por AnaBaú às quarta-feira, julho 31, 2013 0 comentários
Porque seus olhos aquecem minha alma, se o amor que toca nossos corpos é mais puro do que o que toca um homem e uma mulher.
Porque o seu sorriso desperta o meu, e até meus olhos sorriem olhando pra você.
A sua voz ecoa pelo meu corpo curando toda a dor.
Nossas mãos não se tocam, e nossos corpos estão separados por milhas, mas o amor nos toca da mesma maneira.
Como explicar tudo o que nós vivemos?
Anos se passaram e continuamos aqui.
Eu só sei que quero envelhecer olhando pra você, quero estar ao seu lado pra te ver sorrir todas as manhãs. Quero envelhecer ao seu lado, tendo a certeza que eu encontrei a eternidade, quando encontrei você.
Postado por AnaBaú às quarta-feira, julho 31, 2013 0 comentários
Um convite para uma viagem até o meu coração.
Seja bem vindo querido visitante, espero que tenha uma bela estadia no mais profundo de meu ser.
As paredes estão secando, estreitas procuram uma nova passagem de ar.
Pequenos terremotos sonoros de um coração que a grito pede calor.
Ouça as vozes ecoando por todo este ser vazio.
Encante-se com essa viagem... Vejam, há algo acontecendo naquele canto.
E de repente as veias voltam a se encher de amor, e todo o corpo ecoa preenchido pelo mais profundo amor.
Há em nossa frente olhos que refletem meus olhos.
Há em nossa frente mãos que tocam minhas mãos.
Há em nossa frente um coração que encontrou o meu.
O calor preenche todo este corpo que antes estava sem vida.
Há música em todos os cantos.
As paredes dilatam-se para receber novas cores.
E os terremotos sonoros transformam-se na bela melodia de um coração acelerado.
Ouça as vozes ecoando em um sonho.
Desperta-te e busca alguém que com um simples toque  de mãos, desperte também seu coração.

25 de jul. de 2013

Cansaço.

Postado por AnaBaú às quinta-feira, julho 25, 2013 0 comentários
Eu sinto que meu tempo está chegando ao fim.
A minha está indo como a areia em uma ampulheta, e cada dia a velocidade com que a areia cai aumenta.
Não sei se estou adiando demais este tempo, se estou me recusando a ouvir os chamados.
Não sei se chamam por mim, mas há algo em mim que quer ir.
Sinto que envelheci mais em dois anos do que em todos os anos que vivi até aqui.
Meus olhos perderam o brilho e meu ar jovial desapareceu.
Quase não tenho mais forças para manter-me em pé.
Estou sentindo o cansaço em meus ossos e preciso descansar.
Há alguém me chamando e eu estou indo.
Não há mais nada para fazer aqui, tudo o que tento, acaba por trazer mais vazios para dentro de mim.
Roubam-me as minhas últimas esperanças, as únicas coisas que me mantinham viva.
A chama está se apagando, os olhos estão se fechando.
Eu só tenho dezenove anos, mas meus ossos estão cansados e precisam descansar.
Não tente me entender.
Só me deixe partir em paz.
Preciso descansar.

19 de jul. de 2013

Postado por AnaBaú às sexta-feira, julho 19, 2013 0 comentários
Cheguei em casa e havia alguém meu lugar.
Por um instante pensei que não deveria ter voltado, meu lugar já estava ocupado e quem estava sobrando ali era eu.
Não encontro mais um lugar chamado casa.
Não encontro mais um lugar chamado lar.
Não encontro mais um lugar em que haja paz para descansar.
Preciso entender que já não faço mais parte das paredes, e que a pintura mudou.
Preciso entender que os pés que tocam o chão hoje, não são os mesmos pés que tocaram o chão um dia.
Preciso entender que meu corpo já não é o mesmo, e que os sonhos também não.
Preciso entender que não há lugar para mim, em um lugar que nunca foi meu.
Preciso deixar tudo o que eu fui e que eu amo.
É hora de partir.
Hoje cheguei em casa e havia alguém em meu lugar, não encontrei a minha casa e muito menos o meu lar, não havia um lugar de paz para descansar. A pintura mudou, os meus pés já não tem o mesmo tamanho, mas eu ainda não consigo alcançar, você é alto demais para que eu possa te tocar e encontrar abrigo nos seus braços.
Meus pés nunca me fizeram mais alta, mesmo na ponta dos pés, era alto demais te alcançar. E hoje, estamos tão próximos, mas você continua distante. Hoje havia alguém no lugar em que eu sempre sonhei que seria meu.
Meu coração está doendo e ninguém pode ver. O colo e aconchego que eu sempre precisei e que sempre me foi negado, hoje é ofertado a quem quiser. O cuidado e atenção são igualmente dados a alguém que não sou eu.
O silêncio continua aqui, em meu coração. A esperança também.
Devo eu partir?
Hoje cheguei em casa e havia alguém em meu lugar.

15 de jul. de 2013

Postado por AnaBaú às segunda-feira, julho 15, 2013 0 comentários
Você não entende o que eu digo.
Entenderia se sentisse tudo isso em sua pele.
Não me olhe com esses olhos doces e não fale comigo com sua fala mansa, se não pode acalmar minhas tempestades internas.
Eu já estou perdendo a esperança de que algum dia alguém virá e realmente entenderá o que se passa dentro de mim.
Se não puder me entender, simplesmente me abrace e não diga mais nada.

9 de jul. de 2013

Postado por AnaBaú às terça-feira, julho 09, 2013 0 comentários
E então você me beijou, tocou meus lábios e disse adeus.
Quem sabe eu apenas tenha despertado de um doce sonho, ou talvez eu não queira aceitar que você se foi.
Queria dançar a mesma música com você e sentir você me guiando pelo salão como se só existíssemos você  e eu.
Lembra que não vivemos um conto de fadas e que eu não preciso ir a meia-noite.
Toca-me, não sou de vidro, eu não vou quebrar se você me abraçar com força.
Embala-me sob a luz da lua e ama-me como se nunca mais fossemos existir.
Guia-me pelo teu corpo,
pelo meu espaço,
por tudo isso que somos nós.
Então eu só peço,
beija-me,
quero acordar com o sabor dos lábios teus.

Postado por AnaBaú às terça-feira, julho 09, 2013 0 comentários
Estou dançando sobre a chuva,
 rodopio e rodopio.
Não há limites para ser,
sorrio e sorrio.
Convido pessoas para dançarem comigo,
"somente uma louca para dançar na chuva"
e então eu continuo,
rodopiando.
A música se forma em todo meu corpo,
se giro,
salto,
ou rodopio.
Se deito no chão,
ou fico na ponta dos pés.
A música circula em mim,
sou eu,
e então rodopio outra vez.

3 de jul. de 2013

Hoje voa.

Postado por AnaBaú às quarta-feira, julho 03, 2013 0 comentários
Era uma vez uma menina chamada Ana Carolina Baú, além de seu sobrenome, levava consigo um pequeno baú em baixo do braço.
Os anos foram passando e o baú começou tornar-se pesado, mas Ana persistia carregando seu baú, até que um dia teve que parar para descansar, pois o peso que carregava ia além daquilo que podia aguentar.
O que haveria dentro daquele baú que sempre levara cuidadosamente em baixo do braço?
Sentou-se então diante de seu baú e o abriu para ver o que havia dentro. Ali encontrou memórias antigas de todas as pessoas que haviam passado pela sua vida, mas que por algum motivo não estavam mais com ela. Enlaçada com essas memórias estava a saudade, o medo, e um outro pequeno baú cuidadosamente lacrado.
Alguém veio e bagunçou todas as memórias que estavam empilhadas no baú, viu-se obrigada então a olhar para coisa que estava ali e decidir o que queria continuar carregando.
Cuidadosamente pegou memória por memória, reviveu-as por um instante e decidiu que estava na hora de jogá-las fora.
Haviam aí também os brinquedos da infância, um gato e uma vaca. Amou-os novamente, mas decidiu que eles também deviam partir.
Encontrou então o pequeno baú lacrado, pegou-o nas mãos, mas não tinha certeza se realmente queria descobrir o que havia dentro. Respirou fundo, e decidiu abri-lo. Logo suas mãos se encheram de boas memórias, ali estavam todas as coisas que haviam enchido seu coração e novamente sentiu-as ali. Decidiu porém que não queria mais carregá-las no baú, jogou-as então ao vento para que pudessem se transformar em memórias sem peso.
E quando pensou que havia se livrado de todos os seus pesos, encontrou ela mesma guardada no baú, soterrada por todas aquelas coisas, mas ainda com vida. Ana percebeu então que todos aqueles pesos a estavam impedindo de andar e decidiu que não queria mais carregar o baú.
Ana levantou-se e começou a andar sem pesos e nesse dia descobriu que tinha asas.





 

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