6 de dez. de 2013

Postado por AnaBaú às sexta-feira, dezembro 06, 2013
Sinto falta da maneira como você ria, e puxava meu corpo contra o seu.
O calor dos corpos próximos, as respirações pela nuca, o desejo ardente.
Suas mãos fortes que me apertavam e me davam segurança.
Olhos olhos doces, que em segundos transformavam-se em olhos de fera.
O carinho, afago, afeto. O aperto, a mordida, o açoite.
As noites, madrugadas, manhãs e tardes.
A ausência.
Há falta, silêncio, inexistência de calor, de aproximação, de som.
A casa vazia, e apenas a sua camisa cobre meu corpo, enquanto a xícara de café aquece minha mão.
Não é como você, não há ninguém como você.
A xícara apenas aquece à medida que bebo, você aquece-me à medida que existe.
Você não disse que iria voltar, mas eu continuo debruçada na janela esperando o seu retorno.
Com a sua camisa preferida, descalça, nua, ainda sua.
Um amor sem data, que apenas acontece e preenche.
Meus olhos querem reencontrar os seus, ao menos por uma noite.
O meu corpo anseia pela sua respiração, mesmo que de longe.
O meu coração quer novamente existir, apenas por saber que você ainda existe.
A presença.
Ainda há a falta, a inexistência de calor, de aproximação e som. Mas ao mínimo sinal de que você vem, o coração já se pinta, e a bebida escorrerá pelo meu corpo, e eu continuarei sua, toda nua, na janela, esperando você aparecer.


0 comentários:

Postar um comentário

 

Uma capirotinha. Copyright © 2012 Design by Antonia Sundrani Vinte e poucos