11 de jul. de 2010

Leve.

Postado por AnaBaú às domingo, julho 11, 2010
Leve consigo tudo o que eu nunca lhe dei.
Guarde em seu coração as palavras que eu nunca pronunciei.
Conte para seus sonhos que um dia te amei.
Mas mesmo longe não me deixe...
Ainda sinto suas mãos tocando levemente minha face.
E era tão inevitável o meu sorriso e a vontade de te fazer feliz crescia , não sei se era seu olhar que fazia isso comigo , mas eu não queria evitar.
Quando caíamos ao chão , ríamos como crianças que brincam na chuva, nos sentíamos leves e ao mesmo tempo estávamos plenos , tínhamos um ao outro e não havia restos.
Quando você se levantou , não era mais você que estava ali. Não havia meu sorriso em sua face. Seu olhar não brilhava mais e suas mãos não me tocavam.
Quatro passos á frente , e meu espaço desapareceu. E quando você partiu , não era eu que estava ali, não existia eu sem você, mas o que teria acontecido?
Tentei gritar , dizer que por mais longe que você estivesse , eu era toda sua e ia contigo, mas sem você eu perco a voz , eu não tenho som.
Tentei correr , puxar-te , trazer-te de volta a mim , mas sem você , eu não tenho cor , não tenho movimento.
Então parei de tentar , embaixo daquela chuva que tantas vezes lavou nosso amor , estava eu , suja , sem cor , sem som , sem movimento , e quando senti que minhas forças eu estava perdendo, cerrei os olhos na esperança de que aquilo fosse somente um sonho ruim.
Sem você , eu não sou forte , eu não sei resistir , era tudo o que eu conseguia pensar , e a chuva estava tentando lavar minha dor , que era tão intensa sem você. Senti então algo me tocar , era um toque doce, o arrepio que somente seus dedos podem fazer sobre minha pele, o calor do meu corpo voltou e pude sentir meu coração bater novamente, e quando abri os olhos você estava ali... Completo demais para falar, Sensível demais para sorrir e simples demais para amar.

Com Amor,
Ana Portilla.

0 comentários:

Postar um comentário

 

Uma capirotinha. Copyright © 2012 Design by Antonia Sundrani Vinte e poucos