1 de fev. de 2014

Na natureza selvagem

Postado por AnaBaú às sábado, fevereiro 01, 2014
"Em relação a quando visitarei a civilização, não será em breve, acho. Não me cansei da natureza; ao contrário, deleito-me cada vez mais com sua beleza e com a vida errante que levo. Prefiro a sela ao bonde, e o céu salpicado de estrelas a um teto, a trilha obscura e difícil, levando ao desconhecido, a qualquer estrada pavimentada,, e a paz profunda do campo ao descontentamento gerado pelas cidades. Você me censura por ficar aqui, onde sinto que é o meu lugar e que sou uno com o mundo a minha volta? É verdade que sinto falta de companhia inteligente, mas há tão poucos com quem possa compartilhar as coisas que significam tanto pra mim que aprendi a me conter. É suficiente que eu esteja cercado de beleza...
Mesmo com base em sua descrição insuficiente, sei que não conseguiria suportar a rotina e o tédio da vida que você é forçado a levar. Não acho que poderei algum dia fixar residência. Já conheci demais as profundezas da vida e preferiria qualquer coisa a um anticlímax.
ÚLTIMA CARTA RECEBIDA DE EVERETT RUESS, AO SEU IRMÃO WALDO, DATADA DE 11 DE SETEMBRO DE 1934.

1 comentários:

Fernando Valente on 23 de novembro de 2016 às 20:06 disse...

Vida, e vida em abundância, promoteu Aquele que também advertiu a quem quizesse segui-lo: "as raposas têm seus covis, e as aves seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar sua cabeça".

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