26 de jan. de 2014

Postado por AnaBaú às domingo, janeiro 26, 2014
Dois passos para cada lado, salto, rodopio e retorno para o mesmo lugar.
Os braços ainda sentem a mesma delicadeza do vento, e sabem que podem voar.
Fecho os olhos e me imagino em meio à uma revoada de pássaros, resgatando o pássaro que sou.
Os meus pés já não tocam o chão, porque eu também posso ser chão.
Até quando sozinha?
Dançando nos porões da própria mente. Insistindo em criar uma canção que ninguém pode ouvir.
Delicadamente deito-me como flores que são empurradas pelo vento, sem força para revidar.
Poderia ser meu último voo, o momento em que o caçador dispara a bala que atinge em cheio o peito da pequena ave que voa, e lentamente ela vai perdendo a altura, ficando incapaz de bater as asas, e quando está terminando de agonizar, acorda.

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