Como em silêncio canto para renascer.
Doze estrelas diante do sol, longos meses se passaram e não haviam marcas na areia.
Era uma pequena menina que levava entre as mãos seu grande sonho, escondido entre meio seus dedos era o que aquecia seu coração.
Todas as manhãs de inverno eram especiais.
Acordar as 6:30 , ver a neve cair através da janela e seguir ,deixando suas pegadas para quem quisesse ver. Seguia sempre com seu sonho aquecendo seu amável coração, não havia ninguém que a entendesse e que pudesse chamar seu nome.
11:30, hora do anjo. Sonhava com enormes campos de girassóis que dançavam ao som do vento, enfim ela estava livre e apenas desejava ir para esse lugar de seus sonhos.
Vento soprando. Ela levanta sem fazer ruídos, abre a porta e desce as escadas cuidando para não pisar em seu pequeno pijama de ursinhos. Caminha, quase que flutuando por entre a neve , algo está a chamando , alguém disse que poderia entregar seu sonho.
Apenas um passo.
Um pequeno passo.
Olhe.
Ande.
Pare.
Você chegou.
Distante demais para voltar. Em sua volta só havia neve e seus passos já haviam se apagado, não havia nada a sua frente, a não ser uma grande imensidão de campos cobertos de neve e uma grande velha árvore.
Ela ficaria junto ás bestas, se alguém lhe devolvesse seu sonho.
Ninguém veio.
Nós a matamos com seu amável coração.
Agora tudo o que eu preciso , é morrer para me sentir viva.
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