Lá estava eu, sentada ao lado da janela, admirando a paisagem e bebericando um café quente.
Resolvi escrever apenas deixando que a
caneta deslizasse pelo papel, sem emoções explodindo junto com a tinta
marcada. Escrever olhando para aquilo que não está contido nas palavras.
O segredo, o mistério, o não-dito. Escrevo porque não posso falar,
assim como o verbo, a música que não pode ser tocada para não perder o
sentido.
Destino, deixar que a vida te guie.
Pegar a mão do Universo e dizer que eu acredito que você irá me levar
para onde preciso ir, e acredito que posso chegar nesse lugar sem ser
passiva no processo. Eu escolho, acredito e caminho, não espero ser
carregada.
Quero sentir a poeira nos meus pés, o
cansaço, cair na cama e sentir que o dia valeu a pena, o descanso, o
alento , o vir-à-ser que nunca acabe mesmo que fim chegue. É bom saber
que no fim, existe lucidez no que escrevo.
Olho para a xícara, e tomo um gole de
café frio, o tempo passou e eu descobri que não sentir intensamente, não
indica que o caminho foi vazio, pelo contrário, agora sim eu sinto
verdadeiramente cada átomo do meu ser.
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