Das planícies que andei, desapareci-me
Dos corpos que amei, evaporei-me
No entanto, a dor permaneceu
Haveria dor maior do que retornar à sua casa após uma longa jornada e não encontrar-se?
Como um sofá vazio sem bilhete de Adeus, nem um até logo ou foi bom enquanto durou.
Dor de viver com o corpo vazio sem eu.
Dor de compartilhar o corpo vazio que quer um eu.
Dor de saber os paradeiros,
de não conhecer um caminho para retornar.
No entanto, por mais que as águas sejam traiçoeiras
e o deserto lhe encante com visões
um dia sua sede e seu desejo de reconectar-se será maior.
Não é a água do mundo que matará sua sede,
Não é a comida do mundo que matará sua fome,
Não é a carne do mundo que cessará seu desejo.
Um dia vais chegar em casa
cansado de tuas andanças
e o sofá já não estará vazio.
Assim, não serão mais necessários bilhetes,
nem paradeiros,
você estará novamente em casa
novamente eu
dentro de um corpo que é meu.
Não há mais porque evaporar,
Apareci-me e desde então não estou só.
Eu.
24 de mar. de 2016
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